Quero abrir um parêntese neste blog para homenagear uma pessoa da qual gosto muito, Padre Robson de Oliveira Pereira, CSsR., reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Trindade, Goiás. Pouquíssimos sacerdotes conseguem tocar os fiéis tão profundamente em uma homilia. Diria que é um novo São João Crisóstomo, o novo “Boca de Ouro”. Sua oratória é deslumbrante, tocante e mergulhada no amor de Jesus. Seus exemplos são edificantes e plausíveis. Com certeza é o padre mais famoso e querido do estado, mas nem por isso abandonou a sotaina, o hábito de sua maravilhosa congregação, não deixou de tratar os fiéis com amor, atenção e carinho como sempre fez. Você precisa participar da Festa do Divino Pai Eterno, no primeiro domingo de julho. A concorrência para pegar na mão do padre Robson (ou até mesmo tocar sua veste sacerdotal) é enorme. Todos querem sua benção ou ao menos um olhar seu. E ele em sua calma, humildade, atende cada um conforme pode. Não há homilia mais esperada. Ao pegar o microfone todos se calam. Muitos choram. Não é á toa que a cada dia o número de romeiros à Trindade cresce, muitas pessoas saem de casa para ver o Pai Eterno, mas também para ouvir uma palavra de conforto e carinho dos lábios santos e abençoados do Padre Robson. Agradeço ao Divino Pai Eterno por ainda termos sacerdotes abençoados, como este redentorista. Padre Robson vive desmedidamente o carisma de Santo Afonso Maria de Ligório.
Enquanto isso em muitas de nossas igrejas o número de fiéis decrescem. Não é indevido. Bons padres atraem muitos fiéis, maus padres afastam os que a comunidade já tem. Temos padres ranzinzas sem um mínimo de amor evangélico, doçura e humildade. Queria que o bispo, Sua Reverendíssima Dom Washington Cruz, olhasse com carinho para nossas comunidades e para o serviço pastoral de muitos sacerdotes.
Alguns padres tratam-nos como simples números, importantes para que cumpram o serviço que lhes compete. Se um médico não gostar do que faz, não enxergar seu paciente como um ser humano e não um número rentável ao seu orçamento, não conseguirá curar ninguém, nem a si mesmo. Se nós professores não enxergamos que o Brasil é construído através de nossas mãos, mesmo que o governo e a sociedade nem sempre nos apóie, se não trabalharmos por amor e não por dinheiro, jamais seremos capazes de formarmos crianças capazes e atuantes no processo democrático da nação. Da mesma forma são os sacerdotes. Ser padre requer entrega total da vida, doação a comunidade e a Igreja. Se um jovem entrar no seminário fugindo de um conflito social, familiar ou por falta de opção, consequentemente será um péssimo sacerdote, tais quais temos visto.
A liturgia pela qual sou apaixonado tem sido desprezada por alguns desses homens. Sou vocacionado, amo os turíbulos, as vestes sacerdotais, o cíngulo, a sotaina, a casula, o pluvial e tudo que remete a liturgia. Não sou tradicionalista, nunca participei da Missa de São Pio V, mas tenho muitas práticas atadas a Antiga Tradição. O Concílio Vaticano II estragou muitos sacerdotes. Sacrilégios são cometidos por toda parte. É inaceitável um padre passar em frente ao Santíssimo sem fazer a genuflexão. Fica difícil reconhecer um sacerdote na rua. Admiro a Congregação do Santíssimo Redentor por continuar adotando a sotaina, símbolo da entrega total e desmedida a Jesus. Ainda não me decidi quanto a qual congregação entrar, porém já tenho em mente os redentoristas, diocesanos e agostinianos.
Não quero jogar pedras em ninguém, quero sim, que nossa Igreja torne-se a esposa gloriosa do Cristo como nos tempos dos grandes santos mártires.
Alguém tem a resposta do motivo pelo qual alguns padres descriminam as freiras? São elas as melhores catequistas. Estão sempre próximas ao povo. Zeladoras convictas da liturgia. Entretanto muitos sacerdotes proíbem-nas até mesmo de visitarem as comunidades. O carisma evangélico tem sido deixado de lado em muitas comunidades. É metafórico pregar uma coisa no púlpito e na prática fazer outra completamente diferente.
Graças a Deus temos em nossa paróquia as Filhas de Nossa Senhora da Providência. Irmã Waldecy, sempre próxima e amiga tem nos ajudado muito, apesar de estar sobrecarregada de afazeres. Sua missão de fabricar hóstias, apesar de santa, não é nada fácil. Sentimos falta da Irmã Elisa e da Irmã Cleusa, que por motivos particulares mudaram-se para Goiânia. Compreendemos que o melhor para elas, também será o melhor para Deus.
Nossas igrejas estão se esvaziando devido a didática pastoral chula de alguns sacerdotes (uso o pronome indefinido “alguns”, porque seu que não são todos os sacerdotes. Graças a Deus!). Nas igrejas protestantes os pastores tratam seus fiéis da melhor maneira possível. Estão sempre próximos, com uma palavra amiga. Já em nossas igrejas às vezes o padre ao término da missa corre dos fiéis, principalmente das senhoras idosas.
Também precisam olhar com carinho para homilia. Através da homilia o padre, como nós catequistas, doutrina muitos fiéis. É o momento exato de como Moisés ser a boca de Deus na terra. Às vezes as pessoas vão à missa querendo ouvir uma palavra de conforto, mas o que encontram é um sacerdote falando por falar, misturando evangelho, política e histórias pessoais. O catolicismo está na UTI em muitas comunidades.
Graças a Deus que existem ótimos padres. É como sempre digo: em toda classe há bons e péssimos seres humanos. A Igreja não poderia ficar a parte.
Pax Domini vobiscum!
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