quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O que está acontecendo com nossos sacerdotes?

Sou coordenador comunitário (não gosto da palavra líder) há quatro anos. Catequista de Crisma e Primeira Comunhão (rígido, chato, metódico, mas fiel a doutrina). Zelador da Capela São Sebastião (trabalho voluntário), ministrador de curso de Batismo e quebra-galho para o que der e vier.


Tenho percebido como nossos sacerdotes estão caminhando rumo ao ecumenismo maquiado. Temos quase pastores e quase padres. Certa vez ocorreu de uma de minhas alunas de Crisma entrar em depressão, vítima de Transtorno Bipolar (minha mãe tem e creio que grande parcela da população também tenha). Conversamos com nosso pároco para que rezasse por ela, conforme orientação da Carta de São Tiago. Pois bem. O padre me disse que nesse caso seria bom levar a garota a uma dessas igrejas “evangélicas, que arrancam o demônio das pessoas. São João Maria Vianney! Isso me marcou muito. Como um padre indica a um fiel que vá procurar assistência em outra “igreja”? Para mim foi a mesma coisa dele dizer: “Olha, Lucas, a Igreja Católica não tem poder nesse caso. A Igreja serve só para celebrar missa. Eu não tenho poder com o Nome de Jesus. As igrejas protestantes são as verdadeiras precursoras da verdade. Sou padre, mas não tenho certeza da minha fé”. Desde então tenho rezado mais por nossos padres.

Acredito sim no poder maléfico do Diabo, sei que ele existe e clamo a Nossa Senhora Auxiliadora para que me defenda dele, mas não creio que todo caso de depressão é possessão diabólica. A Igreja com o mesmo pensamento restringe exorcismos. Por isso nossas igrejas são casos de adoração e não nos preocupamos em berrar para que o Demônio saia. Somos templos vivos do Espírito Santo.

Aí muitas pessoas me dizem que foram curadas da depressão após ingressarem nessas igrejas, ora, o que vejo é que quando a pessoa passa a se preocupar com o divino, sua vida tem mais sentido. O motivo da cura talvez seja a ocupação de cabeça, como diz minha avó e não a ausência do demônio.

O protestantismo está tomando conta de nossos clérigos. Outro fato que aconteceu comigo foi o de um padre (não o mesmo citado acima), ordenar que retirasse as imagens dos oratórios e deixasse somente São Sebastião (o padroeiro) e Nossa Senhora da Guia na vista dos fiéis. Alegou que a capela não poderia ser entupida de imagens e que estas deveriam ser postas na sacristia. Eu não fiz. Não cumpri mesmo. Não fiz meu voto particular de obediência, só de castidade e pobreza (completa um ano dia 08 de setembro de 2010). Cumpro só aquilo que acho estar em conformidade com o que a Igreja ensina. Esse padre me deu uma impressão muito ruim. Sei que a mesma bíblia que condena em Êxodo 20 a veneração de imagens, ensina que Moisés a pedido do próprio Deus construiu dois querubins e colocou-os sobre a Arca da Aliança, o objeto mais importante do judaísmo, sinal da aliança de Deus com o povo (Êxodo 25). Depois vem a cobra na haste que curou os homens e o próprio templo do Deus Vivo construído por Salomão, repleto de imagens, (veja 1º Reis) que encheu-se de glória no dia de sua inauguração: “O Templo se encheu com a nuvem da glória do Senhor. Por causa da nuvem, os sacerdotes não puderam continuar o culto, pois a glória do Senhor tinha ocupado inteiramente o Templo de Deus” 2ª Crônicas 5, 13b-14 (tem na bíblia católica e protestante). Então se a veneração de imagens é abominação, fica a pergunta, por que Deus encheu com sua glória aquele lugar? Será que Deus se contradiz? Os protestantes, que dizem sempre a mesma coisa e só leem o que interessa, passam por cima disso. E pelo visto estão fazendo a cabeça de nossos padres. Queria saber o que andam ensinando aos seminaristas nos seminários? Que teologia cega é essa? Formam padres ou pastores-padres?

Alguns padres querem tornar a Igreja Católica mais palatável, tragável aos protestantes. Aí está o erro. E eles tentam tornar suas igrejas palatáveis a nós?

Muitos leigos talvez tenham mais conhecimento que alguns padres. Sou católico e não me envergonho de dizer isso. Numa missa da Assunção de Nossa Senhora, o padre disse: “Nossa Senhora Aparecida, Auxiliadora, do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Guia, Santa Edwiges, Santa Bernadete, são a mesma pessoa: a mãe de Jesus”. Como catequista fiquei matutando, esse daí fugiu da catequese. Qualquer um sabe que Santa Edwiges, que faleceu em 1243 e Santa Bernadete, falecida em 1879, não são Maria, Mãe de Jesus.

Afinal me pergunto: o que está acontecendo com nossos padres? Alguém pode me responder? E parece que os bispos fecham os olhos a essa realidade (sem querer criticar e entrar em assunto que não é da minha conta).

Rezo a Deus por Dom Washington Cruz, nosso arcebispo e Dom Waldemar Passini, seu auxiliar, para que vejam a tempo o que está acontecendo na Arquidiocese de Goiânia.

Uma vergonha essas igrejas com pinturas modernistas ou sem imagens de santos. Preocupa não, é o ecumenismo.



São João Maria Vianney e São Pio de Pietralcina abençoem nossos padres!



Pax Domini!



Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!



Fraternalmente, Lucas Pedro.

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