terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sonho e cura


Esse texto é da minha prima do coração, Fernanda Nascimento Barreto, pois como diz ela gente importante tem nome e sobrenome.



Uma noite bem dormida,cama macia espaçosa só pra mim.

Com a cabeça vazia e a barriga nem tanto assim,o sono veio de encontro a mim,chegou calmo,calminho.

Adormeci enquanto recapitulava as cenas,falas,cenários e os artistas que participaram das gravações de mais um capitulo desse meu filme,minha vida.E lá se foi mais uma sexta-feira, junto de pessoas que me fazem bem,que fazem de uma simples jantinha no barzinho transformar-se em um evento marcante,cheio de energia positiva.

Um dia tentarei contar,quantas vezes em um único dia me pego falando seu nome ou relembrando algo,as vezes com um sorriso bobo na cara ou então com a testa enrugada e raríssimas vezes com lágrimas nos olhos a escorrer face abaixo.

Um sonho.Um sonho que ao despertar, enquanto a água quente caia na cabeça e enfumaçava o banheiro da Paula,deixou de ser apenas um sonho,passou a ser O sonho, imagens pesadas e agoniantes não foi um sonho bom,mexeu comigo de forma a causar uma reviravolta em minha estrutura fisica e psicologica... Fiquei aerea,no automatico.

O dia ficou cinza,sem graça o riso foi embora dando espaço para um nariz vermelho e olhos grandes e rebeldes que teimavam em me trair.

Rezei pra você,mas ainda assim não me senti melhor.

Saudade,tristeza,vazio,lembranças doces que na época não tinham tal sabor,eu ficava brava cheia de raiva e muitas vezes até chorava.Era uma pegação no meu pé ai que raiva quando eu ligava pra avisar algo e ouvia a frase prontinha:Tem casa não ??? Que vontade de ouvir de novo... Mas como tudo na vida o tempo me curava,passavam se alguns minutos e pronto eu já estava otima,sem raiva ou chateação.

Então de acordo com alguma teorias o tempo cura tudo,cura queijo,machucado,cotovelo,dedo azangado,deixa o vinho mais caro,ehhhh quanto mais velho mais valioso e wisky gente de Deus, precisa ver,é um absurdo de caro quanto mais decadas tiver. É cura muita coisa mesmo!!!

O tempo cura mesmo ou nos faz acostumar? Conformar? Aceitar?

O queijo nem todos esperam curar tem gente que come fresco,o machucado sara mas deixa cicatriz,dependendo do machucado se for diabetico vixi pode até ser que sare.O cotovelo tem gente que fica atrofiado(não é meu caso!!! É o seu ?),O dedo azangado tem gente que fica sem dedo,outros sem unha,tem aqueles que ficam com a unha terrivel de feioza e tem os cuidadosos que ficam assim.O vinho bem o vinho mais velho é valioso,mas o jovem não deixa de ser vinho tem gente que toma suco de uva pensando que é vinho.O famoso Wisky é caro e de que adianta ficar anos e anos curtindo em um trem de carvalho para tirar toda agua da bebida se o tal fulano que o compra ou mesmo que vai serrar uma dose ou varias,enche o copo de gelo,agua de coco,energetico e sei la mais o que,pronto os anos e anos foram ralo a baixo.

Pois então,meu sabado foi diferente estive ausente de mim mesma.E agora com mais uma duvida,o tempo irá me curar se é que estou precisando de cura?

Será que com o tempo irá me curar? Será ? será?Ahhh se cura ou não cura não importa,pois a verdade única e absoluta é que não posso mais te ouvir,brincar,brigar,enjoar,falar e ouvir....

A não ser em sonhos!!!

Hoje e Sempre estaremos juntos...





Fernanda Barreto

Padrinhos e o batismo

Época de batismo é a época em que a igreja fica mais cheia. Experiência própria. Como dirigente do Curso de Pais e Padrinhos da Capela São Sebastião, noto sempre o número enorme de pessoas que querem levar suas crianças a Pia Batismal. Engraçado, mas poucos vão à missa. O que tem acontecido com os católicos?


Muitos pensam que ser católico é só ir à missa no dia que der na telha e levar os filhos para serem batizados. Enganam-se, os pais, principalmente os padrinhos, fazem o voto perante a Igreja de educarem aquelas crianças na fé. Daí vejo padrinho que lembra do afilhado uma vez no ano e outra por engano, não dá a ele bons exemplos, não reza por sua saúde. Ser padrinho para que? Padrinho é pai na fé. É o mesmo que você o chamasse de paizinho.

Alguns pais ao escolherem os padrinhos dos filhos deixam se levar pela situação financeira, laços afetivos e familiares que os une, mas não olham se eles são católicos praticantes e se nas suas faltas vão cumprirão com a missão de pais na fé que lhes compete. Padrinho só para presente não é vale.

Gente tem padrinhos que não sabem fazer o sinal da cruz no afilhado na hora do batismo. Sério. Alguns nem respondem com o renunciamos, cremos e prometemos em nome da criança.

Em um batismo na nossa comunidade, quando chegou o momento do padre colocar a água na cabeça da criança, percebemos a ausência do padrinho, ele estava no banco, de pé, olhando a celebração. Tive que ir chamá-lo e dizer-lhe que sua presença era necessária. Não venham com essa história de ignorância, pois ele já havia participado do curso no dia anterior onde previamente avisei como funcionaria a celebração.

Essa questão de padrinhos é mesmo um caos.

Tem casais que dão seu filho a amigos para o batizarem e depois brigam. Moral da história, não são mais compadres e a criança fica sem a presença dos padrinhos na sua vida religiosa. Realmente esse é um caso muito delicado. Não entra na cabeça das pessoas que ser padrinho é mais que ser amigo, ser compadre.

Já ouvi muito isso: por que a Igreja Católica precisa de padrinhos? Bem, na Igreja Primitiva (se você fez catequese sabe) os católicos foram extensamente perseguidos no Império Romano, de 64 DC a 313 DC (quando Constantino, filho da imperatriz Santa Helena, publicou o Edito de Milão). Foram 250 anos de perseguição aproximadamente. Pessoas eram queimadas vivas, dilaceradas, atiradas as feras, decapitadas, arrastadas por cavalos pelas ruas de Roma. O palco principal era o Coliseu. A Igreja então viu que muitas crianças ficavam órfãs, sem quem lhes passasse as tradições católicas, a nossa fé. Desse fato surgiram os padrinhos, pais na fé, com a missão de educarem os afilhados em Cristo quando os pais não o fizerem.

Se você que está lendo esse artigo agora e está em falta com seus deveres, corra, ainda é tempo de mudar.



Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Você se foi, mas deixou saudades....

Quando chegava aqui em casa a primeira coisa a fazer era abrir aquele sorriso maravilhoso e dizer “bença vó”, depois vinha até mim e dizia “e aí Luquinha firmeza”. (variava para Pituca de vez em quando, resultado de uma musiquinha feita só para mim Lucas Pituca, ladrão de açúcar, que já me deixou muito nervoso quando era birrento e rapinha do tacho da mamãe). Não era de conversar muito, mas sua presença nos deixava felizes. Fabinho, nosso Fabinho. Crescemos juntos. Diferentemente do que aconteceu com os outros primos, nunca brigamos. Sempre na dele, caladinho, quietinho, com alguma brincadeira de vez em quando. Deixou muita saudade em nossos corações.


Sei que não é fácil aceitar a morte, afinal ela não nos parece normal. Sempre digo que nos acostumamos, mas jamais aceitamo-la. Não sou muito de chorar em velório, mas naquele dia quando cheguei à celebração de corpo presente na sua casa em Goiânia (depois teve outra na matriz da nossa paróquia), algumas lagrimazinhas silenciosas me pegaram de surpresa. Cantavam uma música bem assim, sempre fica um pouco de perfume/ nas mãos que oferecem rosas/ nas mãos que procuram ser generosas (só me lembro desses versos). Sim as boas lembranças ficam. Jamais se apagarão de nossa memória. E você Fabinho deixou muitas boas lembranças. Filho bom, irmão amável, primo bacana como se diz por aí, amigo legal. Se fosse colocar os adjetivos que te compete, ixe, esgotaria meu vocabulário. Você não se tornou bom porque morreu como acontece com muitos.

Quando vejo a tia Mércia ou o tio Edmundo cabisbaixos não sei o que fazer por eles. Tento puxar conversa. Distraí-los. Será que alguma coisa é capaz de curar a dor dos pais que perdem seus filhos? Ainda não sei.

Ao ver a Fernanda ou ler seus textos me pergunto: o que fazer para ajudá-la? Dizer que creia na ressurreição? Sim, isso aí. Devemos crer na ressurreição firmemente. A morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida em Cristo.

Quando alguém morre sempre leva um pedacinho nosso consigo e deixa um pedacinho dele conosco.

Não teria como a morte vir de uma forma mais amena? Tipo assim, marcar hora, dia, mês, como numa viagem de avião para um país distante? Despedir-se primeiro da família, dar aquele beijão em todo mundo, dar um beliscão naquela irmã chata, um croque na cabeça daquele primo grudento, dar um tapinha nas costas e dizer “te espero lá”? Não, não tem como. Sabe por quê? Olha como Nosso Senhor morreu coitado, cravejado de espinhos, ferido, pregado numa cruz. Se o filho de Deus teve uma morte não tão bela assim (para uns), quem dirá a nossa.

Gosto de pensar que sempre após a dor vem a alegria, aí me vem a memória a letra daquela música pois Deus é amor e jamais te deixará sofrer. Com certeza o Senhor não nos dará um fardo mais pesado, do que aquele que consigamos carregar.

O sofrimento para mim é como a lapidação que sofre o diamante: para ser tornar bonito, sem nervuras, é necessário que passe por um processo de pequenas perdas, é necessário perder pedaços. Deixar de ser uma pedra bruta, para tornar-se uma pedra preciosa. Acho que sou um diamante bem durinho, ahhhhhh.

Quanto a você Fabinho, está vivo bem aqui no meu coração, com o mesmo sorriso da primeira vez que te vi (não me lembro bem, mas ele nunca mudou). Rezo por você todos os dias no meu terço, para que São Miguel e Nossa Senhora Auxiliadora te conduzam a Pátria Celeste.



Descanse em paz, em Nosso Senhor Jesus Cristo!



Pax Domini vosbiscum!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vem chegando o mês da Bíblia


Setembro já está às portas, como diz a linguagem popular. Gosto desse mês. No dia oito celebramos o aniversário de Nossa Senhora (se você não sabia, não se assuste, muitos também não sabem), no dia vinte e nove a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael e ele todo é dedicado a Bíblia, a Palavra de Deus.

Em muitas casas que já visitei percebi o número de bíblias servindo como enfeite. Gente, bíblia de enfeite não adianta. Devemos lê-la, colocar em prática o que ela ensina. Sem querer criticar, mas bíblia debaixo do braço também não surte efeito. As palavras não ganham vida por si só.

Se você está rindo pensando que na sua casa tem uma, aproveite que está chegando o mês da bíblia e comece a lê-la. Alguns dão a dica de que é mais fácil começar do Novo Testamento, eu, porém, prefiro começar da ordem cronológica. Se você não entender aqui tem meu blog, e inúmeros outros, sem contar seu pároco e as notas do rodapé. Indico a edição pastoral, numa linguagem mais fácil de ser entendida.

“Evangélicos” dizem que católicos não leem a bíblia. Mentira. Na missa dominical são quatro leituras: Primeira (geralmente o trecho de um livro do AT), Salmo Responsorial, Segunda Leitura (geralmente o trecho de uma carta apostólica) e o Evangelho, que varia conforme o ano (esse é o ano C, evangelho de São Lucas, o de São Mateus é ano A e São Marcos é ano B), nos dias sem ser o domingo são feitas três leituras, supre-se a Segunda (no sábados à tarde pode rezar a liturgia do domingo seguinte). Agora se dizem que não leem em casa, são outros quinhentos. Isso é falta de hábito e desleixamento. Não acredito que uma pessoa não consiga ler a bíblia por não entendê-la (só se for analfabeto funcional). Engraçado, livros de romance nunca ouvir ninguém dizer que são difíceis de ler, ainda mais a série Crepúsculo, da mórmon Stephanie não sei mais o que.

Se você não lê a Bíblia, merece um puxão de orelha. Não sabe o que está perdendo.



Pax Domini!

Santíssimo Sacramento no altar

Não consigo participar de uma adoração ao Santíssimo Sacramento sem sentir um arrepio e uma súbita vontade de chorar. A presença de Jesus na eucaristia me inebria. Como católico creio na transubstanciação, ou seja, que a hóstia através da consagração feita por um padre, um alter Christus, torna-se verdadeiramente o corpo do Senhor. Não sei explicar, o que sei dizer é que a Exposição do Santíssimo me extasia. Sinto Jesus mais perto de mim. Você já fez essa experiência?


Na minha primeira vez, acho que tinha um doze anos, senti a mesma coisa, mesmo sem saber o que significava (fiz minha Primeira Eucaristia com catorze e Crisma com quinze, quando comecei a ser catequista).

Diz uma historinha de Santo Antônio de Pádua, que certo dia um fazendeiro criticou do Santíssimo ao santo sacerdote. Santo Antônio pacientemente esperou um momento oportuno. Quando encontrou o mesmo homem despercebido, tomou o Santíssimo, mostrou a jumenta dele e disse: “Adora teu criador” e o animal caiu de joelhos.

“Tão sublime Sacramento” e “Bendito, louvado seja...” são minhas músicas preferidas, pela simplicidade e profundidade da letra.

Muita gente ao entrar na igreja não faz a genuflexão (levar o joelho direito até o chão), mas isso é necessário. É uma forma de adorar Nosso Senhor dentro do sacrário. Devemos fazer genuflexão sempre que passarmos em frente do Senhor, não se esqueçam.

Tem gente que não sabe quando Jesus está no sacrário, é fácil. Quando a Lâmpada do Santíssimo estiver acesa é porque Nosso Senhor está lá bem guardadinho.

Não podemos comungar indignamente, ou seja, comungarmos sem preparação prévia, exame de consciência e se preciso confissão.

Quando comungamos devemos portar-nos com grande recato, Jesus está literalmente dentro de nós. É verdade. Você tem o costume de maltratar seus hóspedes?

Não adianta comungar na missa e ir para o bar encher a cara de cerveja, falar mal da vida alheia, assistir programas imorais, filmes eróticos. Isso é pecado. Cuidado hein. Cuide de Jesus dentro de você. Não se esqueça Deus é amor, porém quem te manda para o inferno são seus pecados.



Graças e louvores se deem a todo momento, ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento!

Crianças...

Olhando as crianças de hoje em dia, um temor toma conta de meu coração: esses pais têm minhoca na cabeça ou o que? Que educação chula! Permissiva!


Muitos acham que educar a criança é dar a ela um computador ou um Playstation (nem sei como liga aquilo), fazer-lhe todos os gostos e deixar correr frouxo.

Agora tem mais, essa lei que inibe os pais de corrigirem os filhos. Os políticos deveriam parar de roubar mais, preocupar com a lavagem de dinheiro, ao invés de bisbilhotar a educação familiar.

Os pais não podem bater nos filhos, mas depois de grandes a polícia chega a guaspa! Quebra dente, nariz. Que isso? A polícia pode? Pena que psicólogos e sociólogos fecham os olhos a essa realidade.

Alguém assistiu a missa de Trindade do dia 15 de agosto, às oito horas da manhã, na TV Brasil Central? Não? Estou com o Padre Robson de Oliveira Pereira, CSsR, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno (aquele que é padre, homem santo, de fibra, outro São João Crisóstomo, outro boca de ouro).

Amo crianças, lido com elas todos os domingos das 16:00 às 17:30 horas, mas não sou a favor dessa lei esdrúxula.

Não concordo é com a pedofilia. Taí. Os políticos querem defender as crianças dos pais (alegando traumas por causa de surras, mas na minha família não tem nenhum louco por causa disso) e não conseguem inibir a ação pederasta.

O que traumatiza mais: um tapa dado com amor ou uma violência sexual?

Será que os psicólogos acham que as crianças ficarão melhor nas casas de apoio, sem amor e carinho, atenção filial, do que em seus lares? Engraçado ninguém falou sobre isso. Pois se o pai bater no filho (até gritar), tem uma penalidade, processo e se o juiz decidir tirar a guarda, para onde vai a criança, ahn? Abrigo? Vossa Excelência já morou em um abrigo? Eu não.

Claro que tem pais maus, que espancam os filhos, porém não são todos. Às vezes só conversar não adianta. Será que tantas crianças drogadas não são frutos do livre arbítrio que os pais lhes dão? Pense.



Rezo por nossas crianças. Que São Tarcísio e as crianças santas as protejam.



Salve Maria!

Aqueles que já se foram...

Esses dias num dos nossos encontros da Primeira Eucaristia um dos catequizandos me perguntou: “Se Deus é bom, por que a gente morre?”. Nunca uma pergunta desse caráter me tinha sido feita. Pensei um pouquinho, voltei na história da Eva, passei por Jesus e dei um remate final.


A morte nunca tem sido encarada de uma maneira boa. Tememos a morte, mas é uma coisa muito próxima. Todos morrerão um dia.

Nossa vida na Terra é uma coisa passageira, preparação para a Vida Eterna. Por isso aqui, devemos buscar as coisas do alto, para alcançar a ressurreição. Se Jesus passou pela morte nós também passaremos. Quem crê nele não morrerá jamais.

Na lápide do túmulo do meu avô materno, Sebastião Donato Nascimento, tem uma frase que acho muito profunda, é assim ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém. Realmente no dia em que nos esquecermos completamente daquela pessoa que faleceu, aí sim poderemos dizer que ela morreu. Não gosto de dizer que as pessoas que amo morreram. Não. Faleceram. Acho mais ameno. Sei que ainda estão vivas no meu coração.

No dia 31 de maio desse ano, nossa família foi literalmente pega de surpresa. Meu primo de vinte e poucos anos faleceu em decorrência de um acidente de moto. Nunca havia passado por experiência semelhante. Na nossa família até então, que me lembrasse, só havia falecido meu avô com oitenta e seis anos. Foi um baque para todos. Poxa, nós crescemos juntos... Até hoje não me sai da cabeça a forma como ele chamava-me: Pituca ou Luquinha. Deixou muita saudade. Uma família que agora procura forças para prosseguir em frente, força que buscaremos na certeza da ressurreição.

Diante da morte nos sentimos impotentes. Uma criança pode morrer em nossos braços sem que possamos fazer nada para salvá-la, reanimá-la.

Sempre procuro tirar lições positivas dos fatos negativos. Sei que nada é por acaso.

Uma coisa eu sempre falo: devemos valorizar as pessoas enquanto estão ao nosso lado, pertinho da gente. Hoje estou vivo e amanhã? A morte pode surpreender-nos como ladra. Aproveite para abraçar sua mãe, seu pai, dizer o quanto são especiais para você (experiência própria, admita que são seres humanos e tente compreender seus erros), dar aquele abraço gostoso nos seus irmãos, seus primos, seus afilhados. Na família inteira. Depois do funeral só resta-nos rezar pelos falecidos. Não adianta chorar. Afinal a morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida.

Não a nada pior que uma casa vazia. Do que uma mãe olhar para a cama e saber que seu filho nunca mais deitará nela, correrá aos seus braços na procura de carinho. Considero essas mães grandes heroínas, pena que às vezes valorizamos mais a personagem da telenovela do que nossa grande mãezona. A você mãezinha que perdeu o seu filho tenha certeza na força da ressurreição e espelhe-se em Nossa Senhora que também passou pela dor da perda.

Daqueles que se foram deixemos apenas as boas lembranças, as boas palavras e as saboreemos como a doce melodia de uma música. Não têm motivos guardar magoa de quem morreu.

Uma passagem bíblica da missa de réquiem do meu primo (da qual já tinha conhecimento) me marcou muito. Tenho certeza que marcará você também. “Amadurecido em pouco tempo, o justo atingiu a plenitude de uma vida longa. A alma dele era agradável ao Senhor, e este se apressou em tirá-lo do meio da maldade. Muita gente vê isso, mas não compreende nada; não reflete que a graça e a misericórdia de Deus são para os seus escolhidos, e a proteção dele é para os seus santos” Sabedoria 3, 13-15.



Pax Domini!

O que está acontecendo com nossos sacerdotes?

Sou coordenador comunitário (não gosto da palavra líder) há quatro anos. Catequista de Crisma e Primeira Comunhão (rígido, chato, metódico, mas fiel a doutrina). Zelador da Capela São Sebastião (trabalho voluntário), ministrador de curso de Batismo e quebra-galho para o que der e vier.


Tenho percebido como nossos sacerdotes estão caminhando rumo ao ecumenismo maquiado. Temos quase pastores e quase padres. Certa vez ocorreu de uma de minhas alunas de Crisma entrar em depressão, vítima de Transtorno Bipolar (minha mãe tem e creio que grande parcela da população também tenha). Conversamos com nosso pároco para que rezasse por ela, conforme orientação da Carta de São Tiago. Pois bem. O padre me disse que nesse caso seria bom levar a garota a uma dessas igrejas “evangélicas, que arrancam o demônio das pessoas. São João Maria Vianney! Isso me marcou muito. Como um padre indica a um fiel que vá procurar assistência em outra “igreja”? Para mim foi a mesma coisa dele dizer: “Olha, Lucas, a Igreja Católica não tem poder nesse caso. A Igreja serve só para celebrar missa. Eu não tenho poder com o Nome de Jesus. As igrejas protestantes são as verdadeiras precursoras da verdade. Sou padre, mas não tenho certeza da minha fé”. Desde então tenho rezado mais por nossos padres.

Acredito sim no poder maléfico do Diabo, sei que ele existe e clamo a Nossa Senhora Auxiliadora para que me defenda dele, mas não creio que todo caso de depressão é possessão diabólica. A Igreja com o mesmo pensamento restringe exorcismos. Por isso nossas igrejas são casos de adoração e não nos preocupamos em berrar para que o Demônio saia. Somos templos vivos do Espírito Santo.

Aí muitas pessoas me dizem que foram curadas da depressão após ingressarem nessas igrejas, ora, o que vejo é que quando a pessoa passa a se preocupar com o divino, sua vida tem mais sentido. O motivo da cura talvez seja a ocupação de cabeça, como diz minha avó e não a ausência do demônio.

O protestantismo está tomando conta de nossos clérigos. Outro fato que aconteceu comigo foi o de um padre (não o mesmo citado acima), ordenar que retirasse as imagens dos oratórios e deixasse somente São Sebastião (o padroeiro) e Nossa Senhora da Guia na vista dos fiéis. Alegou que a capela não poderia ser entupida de imagens e que estas deveriam ser postas na sacristia. Eu não fiz. Não cumpri mesmo. Não fiz meu voto particular de obediência, só de castidade e pobreza (completa um ano dia 08 de setembro de 2010). Cumpro só aquilo que acho estar em conformidade com o que a Igreja ensina. Esse padre me deu uma impressão muito ruim. Sei que a mesma bíblia que condena em Êxodo 20 a veneração de imagens, ensina que Moisés a pedido do próprio Deus construiu dois querubins e colocou-os sobre a Arca da Aliança, o objeto mais importante do judaísmo, sinal da aliança de Deus com o povo (Êxodo 25). Depois vem a cobra na haste que curou os homens e o próprio templo do Deus Vivo construído por Salomão, repleto de imagens, (veja 1º Reis) que encheu-se de glória no dia de sua inauguração: “O Templo se encheu com a nuvem da glória do Senhor. Por causa da nuvem, os sacerdotes não puderam continuar o culto, pois a glória do Senhor tinha ocupado inteiramente o Templo de Deus” 2ª Crônicas 5, 13b-14 (tem na bíblia católica e protestante). Então se a veneração de imagens é abominação, fica a pergunta, por que Deus encheu com sua glória aquele lugar? Será que Deus se contradiz? Os protestantes, que dizem sempre a mesma coisa e só leem o que interessa, passam por cima disso. E pelo visto estão fazendo a cabeça de nossos padres. Queria saber o que andam ensinando aos seminaristas nos seminários? Que teologia cega é essa? Formam padres ou pastores-padres?

Alguns padres querem tornar a Igreja Católica mais palatável, tragável aos protestantes. Aí está o erro. E eles tentam tornar suas igrejas palatáveis a nós?

Muitos leigos talvez tenham mais conhecimento que alguns padres. Sou católico e não me envergonho de dizer isso. Numa missa da Assunção de Nossa Senhora, o padre disse: “Nossa Senhora Aparecida, Auxiliadora, do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Guia, Santa Edwiges, Santa Bernadete, são a mesma pessoa: a mãe de Jesus”. Como catequista fiquei matutando, esse daí fugiu da catequese. Qualquer um sabe que Santa Edwiges, que faleceu em 1243 e Santa Bernadete, falecida em 1879, não são Maria, Mãe de Jesus.

Afinal me pergunto: o que está acontecendo com nossos padres? Alguém pode me responder? E parece que os bispos fecham os olhos a essa realidade (sem querer criticar e entrar em assunto que não é da minha conta).

Rezo a Deus por Dom Washington Cruz, nosso arcebispo e Dom Waldemar Passini, seu auxiliar, para que vejam a tempo o que está acontecendo na Arquidiocese de Goiânia.

Uma vergonha essas igrejas com pinturas modernistas ou sem imagens de santos. Preocupa não, é o ecumenismo.



São João Maria Vianney e São Pio de Pietralcina abençoem nossos padres!



Pax Domini!



Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!



Fraternalmente, Lucas Pedro.

Beata Albertina, modelo de virtude cristã!

Conversando com meus irmãos católicos vejo-os citar sempre nossos irmãos na fé, porém raramente um que seja brasileiro. Muitos apenas conhecem Santo Antônio de Sant’Ana Galvão e Madre Paulina (naturalizada brasileira). Também sou devoto de santos não-brasileiros, como: São Sebastião, São Bernardino de Sena, Santa Rita de Cássia, Santa Teresinha do Menino Jesus, São Lucas, São José e Nossa Senhora Auxiliadora, tampouco me esqueço da amável beata Albertina Berkenbrock.


Creio que poucos da Igreja no Brasil tenham conhecimento da vida dessa amável e santa menina, vítima, mártir de um tema tão atual.

Albertina nasceu no povoadozinho de São Luís, município de Imaruí, Santa Catarina, Brasil, no dia 19 de abril de 1919 e foi martirizada em 15 de junho de 1931, com doze anos de idade, como outra Santa Maria Goretti. Sempre se diferenciou das outras crianças pela excessiva piedade, caridade e amor a Jesus Cristo e aos irmãos. Não era dessas crianças levadas e mimadas, as quais os pais dão tudo o que querem. Pelo contrário, teve que viver com a pobreza e dividir seu pão com os irmãos.

Como morava na roça e ajudava os pais no manejo da agricultura, naquele 15 de junho, foi procurar o boi denominado Pintado, um dos bois da família que havia desaparecido. No caminho encontrou-se com um homem chamado Maneco Palhoça que deu-lhe a informação de que o animal estava numa mata próxima. Albertina solícita dirigiu-se para o local indicado.

Seus olhos virginais e imaculados não encontraram um boi, mas o homem a insinuar-se para possuí-la. Um temor tomou conta de seu ser. Jamais pecaria contra o 6º mandamento da Lei de Deus, não pecaria contra a castidade. Dizia que Jesus não se servia daquilo. O homem tentou violentá-la, porém inibida pela graça do Espírito Santo, fortaleza dos mártires da Santa Mãe Igreja, cobriu-se com o próprio vestido, estirada ao chão. Maneco Palhoça enfurecido degolou-a. Testemunhas disseram que o corte foi tão grande que viam o céu de sua boca. Uma quantidade de sangue espalhafatosa tomou o lugar. Indalício anos mais tarde já na prisão confessou o motivo do assassinato.

Hoje a mídia cansa de denunciar casos de pedofilia, porém esse assunto não é atual. Olhem bem, em 1931, uma criança foi morta vítima de pedofilia. Que a Beata Albertina interceda por nossas crianças. A CNBB deveria proclamá-la padroeira das crianças vítimas de abuso sexual no Brasil.

Sempre ao ver o noticiário denunciar um caso dessa estirpe, me pergunto de quem é a culpa. Penso que às vezes é dos pais. Sabe, hoje em dia eles estão muito permissivos. Não olham o que o filho faz, com quem anda. Tenho notado que cada vez mais crianças se vestem como adultas. Jesus! Shorts minúsculos, minissaias, calças coladinhas. Aí eu te pergunto, se um tarado desses que estão soltos por aí ver sua filha vestida assim que desejo ele vai sentir?

Podem me taxar de moralista, mas tenho comigo que devemos nos policiar até mesmo no modo de nos vestirmos, pois podemos levar outras pessoas a cometerem o pecado pelo pensamento. Mulheres, se valorizem, cuidem de suas filhas! Espelhem-se em Maria Santíssima, Nossa Senhora Auxiliadora e deixem a vaidade de lado (um dos sete pecados capitais).

E qual proveito podemos tirar da história da beata Albertina? A fortaleza. Envergonha-me o fato de uma criança de doze anos, que facilmente poderia ser coagida ou comprada, fraca e inocente (em 1931, deixo claro), lutar contra um homem brutal e temível, enquanto nós no uso de nossas faculdades deixamos levar-nos por pessoas dóceis, pecando contra a castidade. Gente de pouca fé, até quando? Não veem que sexo antes do casamento é pecado! É luxúria!

Não sou antissexo, mas sou a favor do 6º mandamento. Não afirmo isso por causa de minha vocação, mas por causa de minha convicção religiosa e bíblica. Daí vejo católicos negarem isso que afirmo, então não são católicos! Não escutam o papa, Deus, o apóstolo Paulo e a própria Palavra!

Envergonha-me que padres e freiras já tenham me perguntado se já namorei, na dúvida de minha vocação sacerdotal. Nunca namorei e nem pretendo. Renego o mundo e suas vaidades. Não preciso conhecer o Diabo para negá-lo, da mesma forma que não preciso conhecer a bebida alcoólica e as drogas para repudiá-las.



Beata Albertina Berkenbrock, rogai por nós vocacionados, nossas crianças e pelo mundo inteiro!



Paz de Cristo Nosso Senhor,



Abraço fraterno Lucas Pedro.



Comentem!

Quem sou eu?


Sou Lucas Pedro do Nascimento, nascido em Goiânia, no dia 20 de maio de 1992. Católico apostólico romano, vocacionado (desleixado, pois tem três encontros vocacionais que não frequento), com uma família maravilhosa.

Pai de cinco criancinhas... Pai na educação religiosa, padrinho, de cinco raridades, Ana Clara, Jair Filho, Juliana, Luís Eduardo e Wellington.

Articulador do Conselho Comunitário Santa Terezinha do Menino Jesus, catequista de Primeira Eucaristia e Crisma (chato até falar chega, ahhhhh), zelador da Capela São Sebastião, agente da Pastoral do Batismo, rezador de terço e quebra-galho para o que Deus quiser.


Haverá dias que postarei três textos ou dias em que postarei nenhum. Tenham paciência com a linguagem rebuscada, mas é que a gramática me contagia.

Que a padroeira titular deste blog, padroeira de minha paróquia também, Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Leopoldo de Bulhões e os outros padroeiros Sagrado Coração de Jesus, São José, Santa Terezinha, São Sebastião nos protejam.

Pax Domini!