Época de batismo é a época em que a igreja fica mais cheia. Experiência própria. Como dirigente do Curso de Pais e Padrinhos da Capela São Sebastião, noto sempre o número enorme de pessoas que querem levar suas crianças a Pia Batismal. Engraçado, mas poucos vão à missa. O que tem acontecido com os católicos?
Muitos pensam que ser católico é só ir à missa no dia que der na telha e levar os filhos para serem batizados. Enganam-se, os pais, principalmente os padrinhos, fazem o voto perante a Igreja de educarem aquelas crianças na fé. Daí vejo padrinho que lembra do afilhado uma vez no ano e outra por engano, não dá a ele bons exemplos, não reza por sua saúde. Ser padrinho para que? Padrinho é pai na fé. É o mesmo que você o chamasse de paizinho.
Alguns pais ao escolherem os padrinhos dos filhos deixam se levar pela situação financeira, laços afetivos e familiares que os une, mas não olham se eles são católicos praticantes e se nas suas faltas vão cumprirão com a missão de pais na fé que lhes compete. Padrinho só para presente não é vale.
Gente tem padrinhos que não sabem fazer o sinal da cruz no afilhado na hora do batismo. Sério. Alguns nem respondem com o renunciamos, cremos e prometemos em nome da criança.
Em um batismo na nossa comunidade, quando chegou o momento do padre colocar a água na cabeça da criança, percebemos a ausência do padrinho, ele estava no banco, de pé, olhando a celebração. Tive que ir chamá-lo e dizer-lhe que sua presença era necessária. Não venham com essa história de ignorância, pois ele já havia participado do curso no dia anterior onde previamente avisei como funcionaria a celebração.
Essa questão de padrinhos é mesmo um caos.
Tem casais que dão seu filho a amigos para o batizarem e depois brigam. Moral da história, não são mais compadres e a criança fica sem a presença dos padrinhos na sua vida religiosa. Realmente esse é um caso muito delicado. Não entra na cabeça das pessoas que ser padrinho é mais que ser amigo, ser compadre.
Já ouvi muito isso: por que a Igreja Católica precisa de padrinhos? Bem, na Igreja Primitiva (se você fez catequese sabe) os católicos foram extensamente perseguidos no Império Romano, de 64 DC a 313 DC (quando Constantino, filho da imperatriz Santa Helena, publicou o Edito de Milão). Foram 250 anos de perseguição aproximadamente. Pessoas eram queimadas vivas, dilaceradas, atiradas as feras, decapitadas, arrastadas por cavalos pelas ruas de Roma. O palco principal era o Coliseu. A Igreja então viu que muitas crianças ficavam órfãs, sem quem lhes passasse as tradições católicas, a nossa fé. Desse fato surgiram os padrinhos, pais na fé, com a missão de educarem os afilhados em Cristo quando os pais não o fizerem.
Se você que está lendo esse artigo agora e está em falta com seus deveres, corra, ainda é tempo de mudar.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
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