sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Acólitos, a juventude a serviço!

Fico feliz ao ver jovens rapazes cuidando das coisas sacrossantas. Sei a aversão que grande parte da juventude masculina tem à Igreja. As piadinhas nos círculos de amizade não deixam de ser maldosas e desestimulantes. Às vezes ao dizermos que vamos a missa, nossos amigos riem em nossa cara. Dizem que isto é coisas para velhas e mariquinhas...
Vocês são jovens de coragem. Não temem sustentar o santo crucifixo, com Deus Homem pendente, angustiante e maltratado. Não pensam duas vezes antes de incensar o caminho pelo qual o Senhor passará, fazendo o perfume levado pela fumaça uma oblação a Deus, em nome de todos os fiéis. Não se acanham de subir o altar, levar a bacia para o sacerdote lavar suas mãos e se purificar. Não sentem vergonha de serem olhados por todos na Igreja, sabendo que ao menor deslize todos poderão rir.
Parabéns! O acolitato é um chamado vocacional. Hoje, quantos jovens Deus tem chamado, mas estes têm se feitos de surdos? Não é vergonhoso servir aquele que doou até a última gota de seu sangue por nós.
Não consigo resistir a uma procissão com velas, acólitos e sacerdotes de batina. O Espírito Santo enche meu ser e neste instante tenho certeza, que nem as trevas do inferno poderão sucumbir esta Igreja de dois mil anos. Tenho convicção que Cristo está feliz com o culto honroso que lhe é prestado.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo na vida da juventude!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Matrimônio no século XXI

Há quase dois milênios Jesus instituiu a indissolubilidade matrimonial. Uma vez, marido e mulher, unidos pela benção sacerdotal, deverão permanecer JUNTOS até que a morte os separe. Na teoria, porque na prática as coisas são bem diferentes.
Nos séculos anteriores o divórcio era algo raro. Claro que muitas mulheres sofriam com o adultério de seus maridos, eram violentadas, mas viam nisso um exercício da paciência e um momento de orar pela conversão desses homens, como é o caso de Santa Rita.
Atualmente o número de casamentos civis tem aumentado gradativamente, enquanto as igrejas, raras vezes tem a oportunidade de unirem um casal trimestralmente.
O casamento civil serve para garantir o direito de ambas as partes consortes, mas não efetiva a benção de Deus, quanto dirá o cita, o que é inconstitucionalmente inaceitável. São frutos podres da democracia. Não sou anti casamento civil (uma das muitas criações humanas), para mim ele não tem nenhuma validade.
O casamento na Igreja simboliza a união de dois filhos de Deus, para juntos, lado a lado, na alegria, na tristeza, formarem um família cristã. Através da benção do padre ou diácono, a Trindade também os abençoa. Este é o verdadeiro matrimônio instituído por Deus e apoiado por Cristo. O qual nenhum divórcio ou capricho pode dissolver.
O matrimônio na Igreja Católica Apostólica Romana é indissolúvel, ou seja, jamais poderá ser suprido ou cassado. A casos a parte, é claro, mas são poucos, como por exemplo o fato de um dos consortes ser homossexual e seu cônjuge o descobrir após a união (o que deverá ser comprovado e analisado pelo Vaticano).

Dos sete sacramentos talvez o Matrimônio seja um dos mais desvalorizados e desusados. As pessoas preferem casar-se no civil (o que permite trocentas uniões), a se casarem na Igreja, cuja cerimônia só poderá repetir-se após a morte do consorte.
Frases como “Vamos nos casar. Se não der certo a gente se separa” são uns dos argumentos pré nupciais mais ditos e defendidos para um casamento civil. Nesse caso o matrimônio torna-se uma tentativa, que por sinal já dá os primeiros passos ao fracasso.

Existem igrejas ditas evangélicas, (porque toda igreja que segue o Evangelho de Jesus Cristo é evangélica) que admitem o divórcio e casam seus fiéis quantas vezes desejam. Mas isso é lá com eles, porém só uma coisinha: depois somos nós católicos que não seguimos a Bíblia, né? Alguém se habilita a me responder essa perguntinha?
Minha avozinha ficou casada com meu avô por 58 anos. Imaginem! Admiro as pessoas mais velhas pela determinação e plena vivência matrimonial. Eles com certeza não encararam a cerimônia de casamento um espetáculo, uma peça teatral. Por que o ser humano não regride para retomar coisas boas?Hoje em dia existem sim casais que são verdadeiros exemplos de vida
matrimonial, mas convenhamos são pouquíssimos. É maravilhoso ver pais, mães e filhos diante do altar, nesse momento sabemos que eles conseguiram educar seus filhos como Deus o quer.

Se os pais educassem seus filhos na fé, como deveriam, não teríamos tantos católicos abandonando as igrejas.
E você o que pensa do Matrimônio?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O padre e a batina


A batina recorda aos homens que sois discípulos de Jesus Cristo e é um sinal de que existe algo que ultrapassa a realidade dos homens: a fé, as realidades sobrenaturais. Sim, a batina fala e prega: diante dela os homens reagem, talvez mal, mas são com frequência afetados positivamente. Vemos uma batina e vemos um sacerdote. Hoje, esta imagem já não faz parte da realidade, salvo entre os tradicionalistas e na publicidade, precisamente porque sabem que, na alma dos cristãos, o sacerdote é o sacerdote de batina. E quando se pensa no sacerdote, pensa-se noutro Jesus, num homem que não é como os outros homens, que está separado do mundo. O preto da batina é o preto do luto, da morte ao mundo, da renúncia a ele. A batina é já um sacrifício, não pelo prazer do sacrifício como fim em si mesmo, como um estóico ou um masoquista, mas para se pôr à disposição das almas. E se essa batina se comporta bem, é uma verdadeira chama; se se comporta mal, é imediatamente um escândalo que produz um imenso mal”.
(Sermão de D. Fellay por ocasião da imposição da batina a 13 novos seminaristas em França)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Não acredito em barbeiros (autor desconhecido)

Um homem foi ao barbeiro. E enquanto tinha seus cabelos cortados conversava com ele. Falava da vida e de Deus. Dai a pouco, o barbeiro incrédulo não aguentou e falou:
- Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
- Por quê?
- Ora, se Deus existisse não haveria tantos miseráveis, passando fome! Olhe em volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas e enxergar!
- Bem, esta é a sua maneira de pensar, não é?
- Sim, claro!
O freguês pagou o corte e foi saindo, quando avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço. Não aguentou, deu meia volta e interpelou o barbeiro:
- Sabe de uma coisa? Não acredito em barbeiros!
- Como?
- Não acredito. Pois se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas!
- Ora, eles estão assim porque querem. Se desejassem mudar, viriam até mim!
Ao que o homem respondeu:
- Entendeu agora?

Flor Rara

Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.
Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos,se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido... E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.
Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima,  da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo.
E disse à ela: - Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes  conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em  troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era  de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.
Ela chegava em casa,olhava a flor e as flores ainda  estavam, lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava direto. Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu.
Ela chegou em casa e levou um susto!
Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas.
A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido. Seu pai então respondeu: - Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te  dar outra flor,porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar  atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos  também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre  lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu  de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama! 

Meus amigos

Existem pessoas que são capazes de nos fazer felizes com um simples sorriso: Dani, Fernanda, Bruna e tantos outros. Existem pessoas com as quais as conversas tornam-se deliciosas, como um achocolatado em dias frios: professora Viviane, Magda, Ana das Graças, Michele. Aqueles que estão sempre ao nosso lado para nos estender a mão quando necessário: Letícia, Ana Cláudia, Lorrany, Fernanda. Enfim existem amigos para todas as dores e ocasiões.
Amo muito meus amigos. Considero-os parte de minha vida. Apego-me muito facilmente as pessoas, o que às vezes chega a me fazer mal.
Agradeço-os por me suportarem, entenderem minhas fraquezas, conviverem com esse Lucas Pedro obsoleto, sistemático, arcaico, ansioso, chato, metódico e irritante em dias tensos.
Um abraço fraterno. Nossa Senhora Auxiliadora os abençoe!

Remédio para a catequese

Nestes três anos de catequista tenho observado o quanto a catequese católica está ineficiente. Os livros que temos em mãos são de dez e até vinte anos atrás, não recebemos apoio de quase ninguém de nossas paróquias (inclusive dos párocos), temos que saber vencer o tédio e a mesmice usando os recursos disponíveis (que em nossa comunidade não passam de um quadro velho, algumas carteiras caindo os pedaços e um salão comunitário, inadequado para uma sala de encontros, repleto de poeira) e a constante falta de responsabilidade dos catequizandos, que às vezes são meros turistas.
A catequese às vezes torna-se um fastio. Fica-nos difícil passar um filme à turma, para de uma forma dinâmica doutriná-los, pois não contamos com TV e DVD. Contamos apenas com os inseparáveis: lousa, giz, livro (para o catequista, deixo bem claro), caderno, lápis e borracha. Em nossos Recursos Utilizados dos Planos de Aula, usamos apenas clichês. Sempre a mesma coisa.
Se os padres e até mesmo os bispos não abrirem os olhos a tempo, verão brevemente a Igreja mergulhar na ignorância. Cada vez mais, nós catequistas, estamos desmotivados e com baixa autoestima. Tornar-se catequista é um desafio a ser aceito. Não é á toa que caem os números dos candidatos ao serviço missionário.
Nem sempre o que ganhamos dos padres são apoio e elogios, muitos nos culpam por os catequizandos não estarem completamente doutrinados, mal saberem rezar o Credo.
A doutrinação não é fácil em nenhum ângulo. Temos que lidar com crianças de diferentes costumes, famílias e meios sociais. Nem sempre o que ensinamos nos encontros semanais é levado satisfatoriamente para casa. Muitos pais nem se interessam por perguntar a seus filhos o que aprenderam nesse ou naquele encontro. Sem contar que não passamos por nenhum curso de didática catequética ou aprofundamento doutrinal. Ensinamos muitas das vezes aquilo que aprendemos com nossos catequistas.
Luto contra a ineficácia catequética, pois sei que as crianças e os jovens que passam por minhas mãos, com o auxílio de Deus, são o futuro de nossa Igreja. Se formarmos bem nossas crianças católicas, consequentemente não teremos tantas imigrações às igrejas protestantes, inclusive o ateísmo. Precisamos, queridos catequistas, com os recursos que temos, formarmos sólidas bases na concepção cristã dessas crianças. Mesmo que às vezes estejamos esquecidos, precisamos anunciar o evangelho.
Tenho a resposta do questionamento feito por tantos católicos: “Por que o número de fiéis da Igreja decresce?” Porque não estamos formando nossas crianças e jovens devidamente.
Conheço ótimos catequistas, que executam fielmente o dever que lhes compete, mas também conheço catequistas que deixam a desejar. Não tem como deixar que um jovem crisme sem saber o conceito da Igreja nos tempos primitivos, os principais ensinamentos de Cristo, o culto católico subdividido em Dulia, Latria e Hiperdulia e as bases do Catecismo. Isso é algo inaceitável. A mesma coisa de um aluno sair do Ensino Médio sem ter noção de Gramática.
A culpa também é nossa, que cumulados do comodismo, não procuramos atualizar nosso conhecimento.
Os nossos encontros, aqui em nossa comunidade, seguem esse cronograma:
1º Acolhida: iniciar o encontro com uma mensagem de reflexão é muito bom, assim os catequizandos param para fazer uma revisão de seus atos.
2º Exposição do tema: uso esse espaço para saber qual a concepção que eles têm do tema do encontro, sabendo assim em quais pontos terei mais dificuldade para instigar-lhes o pensamento opinativo e a visão cristã, doutrinal e dogmática da Igreja.
3º Desenrolar: exponho o tema, explicando e sanando dúvidas. Geralmente faço uma resenha com os principais pontos do encontro.
4º Atividades: aplico atividades para saber o que os catequizandos assimilaram e no que ainda têm dúvidas. É importante aplicar atividades que agucem o senso critico e opinativo, valorizando a pessoalidade de cada um. Por isso não opto por questões que me deem respostas prontas e previamente formuladas. Com questionários formamos apenas máquinas, que armazenam dados e arquivos.
5º Oração Final: é imprescindível terminar o encontro com um momento orante. É bom também para sabermos quais orações os catequizandos já aprenderam.
Desenvolvo muitos projetos, o que salvam nossos encontros, entre eles: Rosas para o meu Senhor, Nossos irmãos na fé, Interpretando a Bíblia e Cartas Apostólicas (prometo que depois os postarei).
 Rezo a Deus para que no Sínodo da Arquidiocese de Goiânia, olhem com carinho para a catequese, que solta seus últimos suspiros.
Que São Pio X, padroeiro dos catequistas, de nossa classe, nos abençoe! Amém!

Lucas Pedro do Nascimento


Bons padres enchem igrejas, maus padres esvaziam-nas

Quero abrir um parêntese neste blog para homenagear uma pessoa da qual gosto muito, Padre Robson de Oliveira Pereira, CSsR., reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Trindade, Goiás. Pouquíssimos sacerdotes conseguem tocar os fiéis tão profundamente em uma homilia. Diria que é um novo São João Crisóstomo, o novo “Boca de Ouro”. Sua oratória é deslumbrante, tocante e mergulhada no amor de Jesus. Seus exemplos são edificantes e plausíveis. Com certeza é o padre mais famoso e querido do estado, mas nem por isso abandonou a sotaina, o hábito de sua maravilhosa congregação, não deixou de tratar os fiéis com amor, atenção e carinho como sempre fez. Você precisa participar da Festa do Divino Pai Eterno, no primeiro domingo de julho. A concorrência para pegar na mão do padre Robson (ou até mesmo tocar sua veste sacerdotal) é enorme. Todos querem sua benção ou ao menos um olhar seu. E ele em sua calma, humildade, atende cada um conforme pode. Não há homilia mais esperada. Ao pegar o microfone todos se calam. Muitos choram. Não é á toa que a cada dia o número de romeiros à Trindade cresce, muitas pessoas saem de casa para ver o Pai Eterno, mas também para ouvir uma palavra de conforto e carinho dos lábios santos e abençoados do Padre Robson. Agradeço ao Divino Pai Eterno por ainda termos sacerdotes abençoados, como este redentorista. Padre Robson vive desmedidamente o carisma de Santo Afonso Maria de Ligório.
Enquanto isso em muitas de nossas igrejas o número de fiéis decrescem. Não é indevido. Bons padres atraem muitos fiéis, maus padres afastam os que a comunidade já tem. Temos padres ranzinzas sem um mínimo de amor evangélico, doçura e humildade. Queria que o bispo, Sua Reverendíssima Dom Washington Cruz, olhasse com carinho para nossas comunidades e para o serviço pastoral de muitos sacerdotes.
Alguns padres tratam-nos como simples números, importantes para que cumpram o serviço que lhes compete. Se um médico não gostar do que faz, não enxergar seu paciente como um ser humano e não um número rentável ao seu orçamento, não conseguirá curar ninguém, nem a si mesmo. Se nós professores não enxergamos que o Brasil é construído através de nossas mãos, mesmo que o governo e a sociedade nem sempre nos apóie, se não trabalharmos por amor e não por dinheiro, jamais seremos capazes de formarmos crianças capazes e atuantes no processo democrático da nação. Da mesma forma são os sacerdotes. Ser padre requer entrega total da vida, doação a comunidade e a Igreja. Se um jovem entrar no seminário fugindo de um conflito social, familiar ou por falta de opção, consequentemente será um péssimo sacerdote, tais quais temos visto.

A liturgia pela qual sou apaixonado tem sido desprezada por alguns desses homens. Sou vocacionado, amo os turíbulos, as vestes sacerdotais, o cíngulo, a sotaina, a casula, o pluvial e tudo que remete a liturgia. Não sou tradicionalista, nunca participei da Missa de São Pio V, mas tenho muitas práticas atadas a Antiga Tradição. O Concílio Vaticano II estragou muitos sacerdotes. Sacrilégios são cometidos por toda parte. É inaceitável um padre passar em frente ao Santíssimo sem fazer a genuflexão. Fica difícil reconhecer um sacerdote na rua. Admiro a Congregação do Santíssimo Redentor por continuar adotando a sotaina, símbolo da entrega total e desmedida a Jesus. Ainda não me decidi quanto a qual congregação entrar, porém já tenho em mente os redentoristas, diocesanos e agostinianos.

Não quero jogar pedras em ninguém, quero sim, que nossa Igreja torne-se a esposa gloriosa do Cristo como nos tempos dos grandes santos mártires.
Alguém tem a resposta do motivo pelo qual alguns padres descriminam as freiras? São elas as melhores catequistas. Estão sempre próximas ao povo. Zeladoras convictas da liturgia. Entretanto muitos sacerdotes proíbem-nas até mesmo de visitarem as comunidades. O carisma evangélico tem sido deixado de lado em muitas comunidades. É metafórico pregar uma coisa no púlpito e na prática fazer outra completamente diferente.

Graças a Deus temos em nossa paróquia as Filhas de Nossa Senhora da Providência. Irmã Waldecy, sempre próxima e amiga tem nos ajudado muito, apesar de estar sobrecarregada de afazeres. Sua missão de fabricar hóstias, apesar de santa, não é nada fácil. Sentimos falta da Irmã Elisa e da Irmã Cleusa, que por motivos particulares mudaram-se para Goiânia. Compreendemos que o melhor para elas, também será o melhor para Deus.
Nossas igrejas estão se esvaziando devido a didática pastoral chula de alguns sacerdotes (uso o pronome indefinido “alguns”, porque seu que não são todos os sacerdotes. Graças a Deus!). Nas igrejas protestantes os pastores tratam seus fiéis da melhor maneira possível. Estão sempre próximos, com uma palavra amiga. Já em nossas igrejas às vezes o padre ao término da missa corre dos fiéis, principalmente das senhoras idosas.
Também precisam olhar com carinho para homilia. Através da homilia o padre, como nós catequistas, doutrina muitos fiéis. É o momento exato de como Moisés ser a boca de Deus na terra. Às vezes as pessoas vão à missa querendo ouvir uma palavra de conforto, mas o que encontram é um sacerdote falando por falar, misturando evangelho, política e histórias pessoais. O catolicismo está na UTI em muitas comunidades.
Graças a Deus que existem ótimos padres. É como sempre digo: em toda classe há bons e péssimos seres humanos. A Igreja não poderia ficar a parte.

Pax Domini vobiscum!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Santa Rita de Cássia, modelo de paciência

Santa Rita de Cássia é invocada como a santa das causas impossíveis. Admira-me a vida que esta mulher levou. Nascida em 22 de maio de 1385, no povoado de Rocca Porena, na região de Cássia, província da Úmbria, Itália, filha de Antônio Mancini e Amata Serri, um modesto e piedoso casal cristão.
A mãe concebeu-a com 62 anos. Sua vida foi repleta de milagres desde o nascimento. Dizem que um anjo revelou o nome com o qual deveria ser batizada. Os pais como trabalhavam na roça levavam-na consigo. Certo dia colocaram-na num cestinho de vime, depositando-o debaixo de uma árvore foram cumprir o dever que lhes competia. Um enxame de abelhas aproximou-se da criança e depositava mel em seus lábios sem ferroá-la. Um lavrador por ali passado com um grande talho na mão direita, ocasionado por uma foice, ia procurar socorro quando viu o que se passava. Estupefato procurou espantar o enxame com suas próprias mãos, para assim salvar aquele ser indefeso. Então se deu o milagre: sua mão miraculosamente ficou curada. Dizem que as mesmas abelhas acompanharam Santa Rita ao mosteiro de Cássia e lá edificaram moradia.
Aos oito anos Santa Rita consagrou-se a Deus. Decidida a tornar-se freira mortificava-se e derramava-se em comiseração frente ao crucifixo. Porém aos dezesseis anos os pais deram-lhe a notícia de que ansiavam casá-la. De joelhos e com lágrimas nos olhos suplicou que a deixassem tornar-se religiosa. Não conseguiu demovê-los de seu amor natural. Não que não a amassem, o cuidado de pais falaram mais alto. Rita como coração estraçalhado sujeitou-se a vontade paterna. Em uma palavra resume-se o que fez de tão importante: obediência. Quem dera se nossos jovens também fossem obedientes a seus pais como Santa Rita! Quantas mortes não seriam evitadas!
Paulo Fernando marido de Santa Rita é descrito como um homem perverso e feroz. Quanto não sofreu nesses dezoito anos de casada? Santa Rita é o exemplo de uma mulher que sofreu violência doméstica, mas nunca, jamais desistiu de viver. Quanta santidade!
Após muitos anos de orações o marido se converteu, mudando radicalmente de vida, assumiu o papel de marido amável e cristão, porém como havia feito muitos inimigos durante sua vida depravada acabo sendo assassinado. Santa Rita sofreu terrivelmente com a morte do esposo, porém sofreu mais ainda quando percebeu que os filhos João Tiago e Paulo Maria desejavam vingar a morte paterna. De joelhos pediu a Jesus Crucificado que levasse seus filhos se fosse humanamente impossível privá-los daquele crime. Os dois acabaram falecendo.
Sozinha no mundo (entre aspas, pois Deus sempre esteve ao seu lado) decidiu realizar seu grande sonho: ser freira. Procurou o mosteiro de Cássia três vezes e três vezes lhe foi negado o ingresso na casa. Colocou sua confiança em Deus. Certa noite teve uma espécie de visão de Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista chamando-a e acabou acordando dentro do mosteiro, inacessível a quem não tivesse a chave do portão. As irmãs quando a viram ficaram estupefatas e após a narração do fato, consideraram-no um milagre e admitiram-na na casa.
Santa Rita recebeu uma ferida na testa que a acompanhou durante toda a vida. Dizem que recebeu-a após diante do crucifixo adorar Jesus, que deu-lhe um espinho de sua coroa.
A morte de Rita foi acompanhada de muitos milagres. A cela onde ela faleceu, apareceu uma luz de grande esplendor e um perfume especial se fez sentir em todo o mosteiro, e a ferida do espinho, antes de aspecto repugnante tornou-se brilhante, limpo, cor de rubi. Mão invisíveis tangeram os sinos. Era 22 de maio de 1457.

“Cuida-te quando fizeres chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado, para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida e do lado do coração, para ser AMADA.” Talmud

O fogo dá forma ao ouro, a lapidação modifica o diamante

Desde criança fui irritante e chato. Individualista ao cubo sempre me excluí da sala de aula. Temia socializar-me com as pessoas e ter que dividir com elas meu espaço. Tinha asco as crianças simples e pobres. Se visse um moleque de pés sujos no chão, roupa rasgada, corria para o outro lado da rua. O orgulho tomou conta de minha infância. Quanto pecado. Era o caçula. Minha mãe tinha mais um filho com meu pai, Adair Júnior, já meu pai tinha três filhas e um filho do primeiro casamento. Sempre desprezei meu irmão, Adair Júnior, pelo fato de ser obeso, desprezava-o, sentia-me feliz em humilhá-lo e chamá-lo de “Baleia”, “Free Willy”, “Bojão setenta, cai no chão e não rebenta” e apelidos idem. Meu coração não se comovia ao vê-lo chorar, desprezado, humilhado em um canto. Hoje me arrependo disso, sei que contribuí para a Bulimia da qual sofre, que resultou numa perca de muitos quilos, transformando-o em um belo rapaz, magro.
Sempre critiquei as mães de meus colegas. Orgulhoso de ter uma mão bonita menosprezava-os com a figura da minha. Colocava-a no lugar de uma rainha.
Meu mundo começou a despencar quando nasceu meu irmão João Paulo e perdi o lugar de caçula.
Dois anos mais tarde minha mãe teve um surto psicótico em minha frente, só eu e ela, disse-me coisas incongruentes. No outro dia transtornada saiu gritando pelas ruas, chorando, dizendo estar com câncer. Diagnosticaram sua doença como Transtorno Bipolar. Nos mudamos de Bonfinópolis para Pirenópolis. Sofri muito com a ausência de meus avós maternos, sem os quais não sabia viver. Lá vivi dois anos. Dois anos que mudaram minha vida
Resolveram internar minha mãe em uma clínica de repouso. Fiquei com vergonha de falar as pessoas qual era sua doença. A palavra louca feriu muito meu ouvido nessa época. Com dez anos fiz o papel de babá de meu irmão de dois anos, sendo-lhe pai e mãe. Meu pai, horticultor de nascença, saia cedo e retornava a noite. Por isso não tive uma figura paterna tão presente em minha vida.
Tive que vencer a solidão, o fato de ter uma mão doente, uma família desestruturada. Comecei a apresentar sintomas depressivos. Minhas notas na escola decaíram, tinha constantes crises gástricas, que me fizeram rotineiro conhecido do Hospital Ernestina (não me lembro o resto). Pensava não encontrar mais razão de viver.
Quando minha mãe saiu da clínica ficava entre nossa casa e a casa de uma irmã sua. Quando ela estava em casa eu não ouvia nada além de brigas e maldições.
Fui embora para a casa de minha avó materna, que também sofria com a morte recente de meu avô. Pela primeira vez reprovei de ano. Para superar a baixa autoestima ingressei na Igreja. Ela me salvou, com a graça de Deus. Hoje sem ela nada sou, é essa Igreja triunfante, do Crucificado, que torna-se o sustento de meus pés.
Vejo o sofrimento como algo que nos lapida. Afinal o diamante não pode tornar-se belo sem sofrer percas ou o ouro tornar-se uma aliança, um anel, sem passar pelo fogo. Tive que perder muitas coisas para enxergar a vida de uma forma diferente, para converter-me sinceramente.
Deus quis derrubar-me de meu trono, mostrar-me que ele é o único rei. Agradeço-o hoje e sempre por ter feito isso.
Tive que deixar o orgulho, o egoísmo de lado. Aprendi a ser cristão da maneira mais difícil. E você, será que precisará sofrer uma lapidação severa para aceitar o plano de Deus na sua vida?

Amor

Fico pensado se os jovens de hoje amam ou desejam e chego a conclusão de que infelizmente são movidos pelo desejo.
O amor parece ser algo em extinção. Um rapaz vê uma moça pela primeira vez e já diz que a ama. Daí diz-lhe umas palavras mal faladas, terríveis, uma podridão gramatical, cheia de gírias e pobre em adjetivos e ela caindo na lábia debruça-se nos seus braços.
As moças têm tratados seus corpos como mercadorias a serem oferecidas a qualquer um. A luxúria transpira pelos poros da juventude. Fico chocado com a mesquinhez com a qual o corpo é tratado. Terrível e adjetivos idem.
Para mim amor passa longe, bem longe de sexo. Fazer sexo não é sinal de prova de amor. Amor é quando você gosta de conversar com uma pessoa, acha maravilhoso seu sorriso, para para ouvi-la  e ver o quanto é sensata e inteligente, sem pensar como ela será estando nua. Amar é saber enxergar no exterior humano coisas maravilhosas.
Namoro para mim é na moda antiga.
Hoje em dia o rapaz pede uma prova de amor e a moça cede, se esquecendo do sexto mandamento que diz “não pecar contra a castidade”. Depois acaba conhecendo a temível ilusão.
O superficialismo tomou conta do planeta.
Poucos amam e muitos desejam...
                             

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sonho e cura


Esse texto é da minha prima do coração, Fernanda Nascimento Barreto, pois como diz ela gente importante tem nome e sobrenome.



Uma noite bem dormida,cama macia espaçosa só pra mim.

Com a cabeça vazia e a barriga nem tanto assim,o sono veio de encontro a mim,chegou calmo,calminho.

Adormeci enquanto recapitulava as cenas,falas,cenários e os artistas que participaram das gravações de mais um capitulo desse meu filme,minha vida.E lá se foi mais uma sexta-feira, junto de pessoas que me fazem bem,que fazem de uma simples jantinha no barzinho transformar-se em um evento marcante,cheio de energia positiva.

Um dia tentarei contar,quantas vezes em um único dia me pego falando seu nome ou relembrando algo,as vezes com um sorriso bobo na cara ou então com a testa enrugada e raríssimas vezes com lágrimas nos olhos a escorrer face abaixo.

Um sonho.Um sonho que ao despertar, enquanto a água quente caia na cabeça e enfumaçava o banheiro da Paula,deixou de ser apenas um sonho,passou a ser O sonho, imagens pesadas e agoniantes não foi um sonho bom,mexeu comigo de forma a causar uma reviravolta em minha estrutura fisica e psicologica... Fiquei aerea,no automatico.

O dia ficou cinza,sem graça o riso foi embora dando espaço para um nariz vermelho e olhos grandes e rebeldes que teimavam em me trair.

Rezei pra você,mas ainda assim não me senti melhor.

Saudade,tristeza,vazio,lembranças doces que na época não tinham tal sabor,eu ficava brava cheia de raiva e muitas vezes até chorava.Era uma pegação no meu pé ai que raiva quando eu ligava pra avisar algo e ouvia a frase prontinha:Tem casa não ??? Que vontade de ouvir de novo... Mas como tudo na vida o tempo me curava,passavam se alguns minutos e pronto eu já estava otima,sem raiva ou chateação.

Então de acordo com alguma teorias o tempo cura tudo,cura queijo,machucado,cotovelo,dedo azangado,deixa o vinho mais caro,ehhhh quanto mais velho mais valioso e wisky gente de Deus, precisa ver,é um absurdo de caro quanto mais decadas tiver. É cura muita coisa mesmo!!!

O tempo cura mesmo ou nos faz acostumar? Conformar? Aceitar?

O queijo nem todos esperam curar tem gente que come fresco,o machucado sara mas deixa cicatriz,dependendo do machucado se for diabetico vixi pode até ser que sare.O cotovelo tem gente que fica atrofiado(não é meu caso!!! É o seu ?),O dedo azangado tem gente que fica sem dedo,outros sem unha,tem aqueles que ficam com a unha terrivel de feioza e tem os cuidadosos que ficam assim.O vinho bem o vinho mais velho é valioso,mas o jovem não deixa de ser vinho tem gente que toma suco de uva pensando que é vinho.O famoso Wisky é caro e de que adianta ficar anos e anos curtindo em um trem de carvalho para tirar toda agua da bebida se o tal fulano que o compra ou mesmo que vai serrar uma dose ou varias,enche o copo de gelo,agua de coco,energetico e sei la mais o que,pronto os anos e anos foram ralo a baixo.

Pois então,meu sabado foi diferente estive ausente de mim mesma.E agora com mais uma duvida,o tempo irá me curar se é que estou precisando de cura?

Será que com o tempo irá me curar? Será ? será?Ahhh se cura ou não cura não importa,pois a verdade única e absoluta é que não posso mais te ouvir,brincar,brigar,enjoar,falar e ouvir....

A não ser em sonhos!!!

Hoje e Sempre estaremos juntos...





Fernanda Barreto

Padrinhos e o batismo

Época de batismo é a época em que a igreja fica mais cheia. Experiência própria. Como dirigente do Curso de Pais e Padrinhos da Capela São Sebastião, noto sempre o número enorme de pessoas que querem levar suas crianças a Pia Batismal. Engraçado, mas poucos vão à missa. O que tem acontecido com os católicos?


Muitos pensam que ser católico é só ir à missa no dia que der na telha e levar os filhos para serem batizados. Enganam-se, os pais, principalmente os padrinhos, fazem o voto perante a Igreja de educarem aquelas crianças na fé. Daí vejo padrinho que lembra do afilhado uma vez no ano e outra por engano, não dá a ele bons exemplos, não reza por sua saúde. Ser padrinho para que? Padrinho é pai na fé. É o mesmo que você o chamasse de paizinho.

Alguns pais ao escolherem os padrinhos dos filhos deixam se levar pela situação financeira, laços afetivos e familiares que os une, mas não olham se eles são católicos praticantes e se nas suas faltas vão cumprirão com a missão de pais na fé que lhes compete. Padrinho só para presente não é vale.

Gente tem padrinhos que não sabem fazer o sinal da cruz no afilhado na hora do batismo. Sério. Alguns nem respondem com o renunciamos, cremos e prometemos em nome da criança.

Em um batismo na nossa comunidade, quando chegou o momento do padre colocar a água na cabeça da criança, percebemos a ausência do padrinho, ele estava no banco, de pé, olhando a celebração. Tive que ir chamá-lo e dizer-lhe que sua presença era necessária. Não venham com essa história de ignorância, pois ele já havia participado do curso no dia anterior onde previamente avisei como funcionaria a celebração.

Essa questão de padrinhos é mesmo um caos.

Tem casais que dão seu filho a amigos para o batizarem e depois brigam. Moral da história, não são mais compadres e a criança fica sem a presença dos padrinhos na sua vida religiosa. Realmente esse é um caso muito delicado. Não entra na cabeça das pessoas que ser padrinho é mais que ser amigo, ser compadre.

Já ouvi muito isso: por que a Igreja Católica precisa de padrinhos? Bem, na Igreja Primitiva (se você fez catequese sabe) os católicos foram extensamente perseguidos no Império Romano, de 64 DC a 313 DC (quando Constantino, filho da imperatriz Santa Helena, publicou o Edito de Milão). Foram 250 anos de perseguição aproximadamente. Pessoas eram queimadas vivas, dilaceradas, atiradas as feras, decapitadas, arrastadas por cavalos pelas ruas de Roma. O palco principal era o Coliseu. A Igreja então viu que muitas crianças ficavam órfãs, sem quem lhes passasse as tradições católicas, a nossa fé. Desse fato surgiram os padrinhos, pais na fé, com a missão de educarem os afilhados em Cristo quando os pais não o fizerem.

Se você que está lendo esse artigo agora e está em falta com seus deveres, corra, ainda é tempo de mudar.



Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Você se foi, mas deixou saudades....

Quando chegava aqui em casa a primeira coisa a fazer era abrir aquele sorriso maravilhoso e dizer “bença vó”, depois vinha até mim e dizia “e aí Luquinha firmeza”. (variava para Pituca de vez em quando, resultado de uma musiquinha feita só para mim Lucas Pituca, ladrão de açúcar, que já me deixou muito nervoso quando era birrento e rapinha do tacho da mamãe). Não era de conversar muito, mas sua presença nos deixava felizes. Fabinho, nosso Fabinho. Crescemos juntos. Diferentemente do que aconteceu com os outros primos, nunca brigamos. Sempre na dele, caladinho, quietinho, com alguma brincadeira de vez em quando. Deixou muita saudade em nossos corações.


Sei que não é fácil aceitar a morte, afinal ela não nos parece normal. Sempre digo que nos acostumamos, mas jamais aceitamo-la. Não sou muito de chorar em velório, mas naquele dia quando cheguei à celebração de corpo presente na sua casa em Goiânia (depois teve outra na matriz da nossa paróquia), algumas lagrimazinhas silenciosas me pegaram de surpresa. Cantavam uma música bem assim, sempre fica um pouco de perfume/ nas mãos que oferecem rosas/ nas mãos que procuram ser generosas (só me lembro desses versos). Sim as boas lembranças ficam. Jamais se apagarão de nossa memória. E você Fabinho deixou muitas boas lembranças. Filho bom, irmão amável, primo bacana como se diz por aí, amigo legal. Se fosse colocar os adjetivos que te compete, ixe, esgotaria meu vocabulário. Você não se tornou bom porque morreu como acontece com muitos.

Quando vejo a tia Mércia ou o tio Edmundo cabisbaixos não sei o que fazer por eles. Tento puxar conversa. Distraí-los. Será que alguma coisa é capaz de curar a dor dos pais que perdem seus filhos? Ainda não sei.

Ao ver a Fernanda ou ler seus textos me pergunto: o que fazer para ajudá-la? Dizer que creia na ressurreição? Sim, isso aí. Devemos crer na ressurreição firmemente. A morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida em Cristo.

Quando alguém morre sempre leva um pedacinho nosso consigo e deixa um pedacinho dele conosco.

Não teria como a morte vir de uma forma mais amena? Tipo assim, marcar hora, dia, mês, como numa viagem de avião para um país distante? Despedir-se primeiro da família, dar aquele beijão em todo mundo, dar um beliscão naquela irmã chata, um croque na cabeça daquele primo grudento, dar um tapinha nas costas e dizer “te espero lá”? Não, não tem como. Sabe por quê? Olha como Nosso Senhor morreu coitado, cravejado de espinhos, ferido, pregado numa cruz. Se o filho de Deus teve uma morte não tão bela assim (para uns), quem dirá a nossa.

Gosto de pensar que sempre após a dor vem a alegria, aí me vem a memória a letra daquela música pois Deus é amor e jamais te deixará sofrer. Com certeza o Senhor não nos dará um fardo mais pesado, do que aquele que consigamos carregar.

O sofrimento para mim é como a lapidação que sofre o diamante: para ser tornar bonito, sem nervuras, é necessário que passe por um processo de pequenas perdas, é necessário perder pedaços. Deixar de ser uma pedra bruta, para tornar-se uma pedra preciosa. Acho que sou um diamante bem durinho, ahhhhhh.

Quanto a você Fabinho, está vivo bem aqui no meu coração, com o mesmo sorriso da primeira vez que te vi (não me lembro bem, mas ele nunca mudou). Rezo por você todos os dias no meu terço, para que São Miguel e Nossa Senhora Auxiliadora te conduzam a Pátria Celeste.



Descanse em paz, em Nosso Senhor Jesus Cristo!



Pax Domini vosbiscum!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vem chegando o mês da Bíblia


Setembro já está às portas, como diz a linguagem popular. Gosto desse mês. No dia oito celebramos o aniversário de Nossa Senhora (se você não sabia, não se assuste, muitos também não sabem), no dia vinte e nove a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael e ele todo é dedicado a Bíblia, a Palavra de Deus.

Em muitas casas que já visitei percebi o número de bíblias servindo como enfeite. Gente, bíblia de enfeite não adianta. Devemos lê-la, colocar em prática o que ela ensina. Sem querer criticar, mas bíblia debaixo do braço também não surte efeito. As palavras não ganham vida por si só.

Se você está rindo pensando que na sua casa tem uma, aproveite que está chegando o mês da bíblia e comece a lê-la. Alguns dão a dica de que é mais fácil começar do Novo Testamento, eu, porém, prefiro começar da ordem cronológica. Se você não entender aqui tem meu blog, e inúmeros outros, sem contar seu pároco e as notas do rodapé. Indico a edição pastoral, numa linguagem mais fácil de ser entendida.

“Evangélicos” dizem que católicos não leem a bíblia. Mentira. Na missa dominical são quatro leituras: Primeira (geralmente o trecho de um livro do AT), Salmo Responsorial, Segunda Leitura (geralmente o trecho de uma carta apostólica) e o Evangelho, que varia conforme o ano (esse é o ano C, evangelho de São Lucas, o de São Mateus é ano A e São Marcos é ano B), nos dias sem ser o domingo são feitas três leituras, supre-se a Segunda (no sábados à tarde pode rezar a liturgia do domingo seguinte). Agora se dizem que não leem em casa, são outros quinhentos. Isso é falta de hábito e desleixamento. Não acredito que uma pessoa não consiga ler a bíblia por não entendê-la (só se for analfabeto funcional). Engraçado, livros de romance nunca ouvir ninguém dizer que são difíceis de ler, ainda mais a série Crepúsculo, da mórmon Stephanie não sei mais o que.

Se você não lê a Bíblia, merece um puxão de orelha. Não sabe o que está perdendo.



Pax Domini!

Santíssimo Sacramento no altar

Não consigo participar de uma adoração ao Santíssimo Sacramento sem sentir um arrepio e uma súbita vontade de chorar. A presença de Jesus na eucaristia me inebria. Como católico creio na transubstanciação, ou seja, que a hóstia através da consagração feita por um padre, um alter Christus, torna-se verdadeiramente o corpo do Senhor. Não sei explicar, o que sei dizer é que a Exposição do Santíssimo me extasia. Sinto Jesus mais perto de mim. Você já fez essa experiência?


Na minha primeira vez, acho que tinha um doze anos, senti a mesma coisa, mesmo sem saber o que significava (fiz minha Primeira Eucaristia com catorze e Crisma com quinze, quando comecei a ser catequista).

Diz uma historinha de Santo Antônio de Pádua, que certo dia um fazendeiro criticou do Santíssimo ao santo sacerdote. Santo Antônio pacientemente esperou um momento oportuno. Quando encontrou o mesmo homem despercebido, tomou o Santíssimo, mostrou a jumenta dele e disse: “Adora teu criador” e o animal caiu de joelhos.

“Tão sublime Sacramento” e “Bendito, louvado seja...” são minhas músicas preferidas, pela simplicidade e profundidade da letra.

Muita gente ao entrar na igreja não faz a genuflexão (levar o joelho direito até o chão), mas isso é necessário. É uma forma de adorar Nosso Senhor dentro do sacrário. Devemos fazer genuflexão sempre que passarmos em frente do Senhor, não se esqueçam.

Tem gente que não sabe quando Jesus está no sacrário, é fácil. Quando a Lâmpada do Santíssimo estiver acesa é porque Nosso Senhor está lá bem guardadinho.

Não podemos comungar indignamente, ou seja, comungarmos sem preparação prévia, exame de consciência e se preciso confissão.

Quando comungamos devemos portar-nos com grande recato, Jesus está literalmente dentro de nós. É verdade. Você tem o costume de maltratar seus hóspedes?

Não adianta comungar na missa e ir para o bar encher a cara de cerveja, falar mal da vida alheia, assistir programas imorais, filmes eróticos. Isso é pecado. Cuidado hein. Cuide de Jesus dentro de você. Não se esqueça Deus é amor, porém quem te manda para o inferno são seus pecados.



Graças e louvores se deem a todo momento, ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento!

Crianças...

Olhando as crianças de hoje em dia, um temor toma conta de meu coração: esses pais têm minhoca na cabeça ou o que? Que educação chula! Permissiva!


Muitos acham que educar a criança é dar a ela um computador ou um Playstation (nem sei como liga aquilo), fazer-lhe todos os gostos e deixar correr frouxo.

Agora tem mais, essa lei que inibe os pais de corrigirem os filhos. Os políticos deveriam parar de roubar mais, preocupar com a lavagem de dinheiro, ao invés de bisbilhotar a educação familiar.

Os pais não podem bater nos filhos, mas depois de grandes a polícia chega a guaspa! Quebra dente, nariz. Que isso? A polícia pode? Pena que psicólogos e sociólogos fecham os olhos a essa realidade.

Alguém assistiu a missa de Trindade do dia 15 de agosto, às oito horas da manhã, na TV Brasil Central? Não? Estou com o Padre Robson de Oliveira Pereira, CSsR, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno (aquele que é padre, homem santo, de fibra, outro São João Crisóstomo, outro boca de ouro).

Amo crianças, lido com elas todos os domingos das 16:00 às 17:30 horas, mas não sou a favor dessa lei esdrúxula.

Não concordo é com a pedofilia. Taí. Os políticos querem defender as crianças dos pais (alegando traumas por causa de surras, mas na minha família não tem nenhum louco por causa disso) e não conseguem inibir a ação pederasta.

O que traumatiza mais: um tapa dado com amor ou uma violência sexual?

Será que os psicólogos acham que as crianças ficarão melhor nas casas de apoio, sem amor e carinho, atenção filial, do que em seus lares? Engraçado ninguém falou sobre isso. Pois se o pai bater no filho (até gritar), tem uma penalidade, processo e se o juiz decidir tirar a guarda, para onde vai a criança, ahn? Abrigo? Vossa Excelência já morou em um abrigo? Eu não.

Claro que tem pais maus, que espancam os filhos, porém não são todos. Às vezes só conversar não adianta. Será que tantas crianças drogadas não são frutos do livre arbítrio que os pais lhes dão? Pense.



Rezo por nossas crianças. Que São Tarcísio e as crianças santas as protejam.



Salve Maria!

Aqueles que já se foram...

Esses dias num dos nossos encontros da Primeira Eucaristia um dos catequizandos me perguntou: “Se Deus é bom, por que a gente morre?”. Nunca uma pergunta desse caráter me tinha sido feita. Pensei um pouquinho, voltei na história da Eva, passei por Jesus e dei um remate final.


A morte nunca tem sido encarada de uma maneira boa. Tememos a morte, mas é uma coisa muito próxima. Todos morrerão um dia.

Nossa vida na Terra é uma coisa passageira, preparação para a Vida Eterna. Por isso aqui, devemos buscar as coisas do alto, para alcançar a ressurreição. Se Jesus passou pela morte nós também passaremos. Quem crê nele não morrerá jamais.

Na lápide do túmulo do meu avô materno, Sebastião Donato Nascimento, tem uma frase que acho muito profunda, é assim ninguém morre enquanto permanece vivo no coração de alguém. Realmente no dia em que nos esquecermos completamente daquela pessoa que faleceu, aí sim poderemos dizer que ela morreu. Não gosto de dizer que as pessoas que amo morreram. Não. Faleceram. Acho mais ameno. Sei que ainda estão vivas no meu coração.

No dia 31 de maio desse ano, nossa família foi literalmente pega de surpresa. Meu primo de vinte e poucos anos faleceu em decorrência de um acidente de moto. Nunca havia passado por experiência semelhante. Na nossa família até então, que me lembrasse, só havia falecido meu avô com oitenta e seis anos. Foi um baque para todos. Poxa, nós crescemos juntos... Até hoje não me sai da cabeça a forma como ele chamava-me: Pituca ou Luquinha. Deixou muita saudade. Uma família que agora procura forças para prosseguir em frente, força que buscaremos na certeza da ressurreição.

Diante da morte nos sentimos impotentes. Uma criança pode morrer em nossos braços sem que possamos fazer nada para salvá-la, reanimá-la.

Sempre procuro tirar lições positivas dos fatos negativos. Sei que nada é por acaso.

Uma coisa eu sempre falo: devemos valorizar as pessoas enquanto estão ao nosso lado, pertinho da gente. Hoje estou vivo e amanhã? A morte pode surpreender-nos como ladra. Aproveite para abraçar sua mãe, seu pai, dizer o quanto são especiais para você (experiência própria, admita que são seres humanos e tente compreender seus erros), dar aquele abraço gostoso nos seus irmãos, seus primos, seus afilhados. Na família inteira. Depois do funeral só resta-nos rezar pelos falecidos. Não adianta chorar. Afinal a morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida.

Não a nada pior que uma casa vazia. Do que uma mãe olhar para a cama e saber que seu filho nunca mais deitará nela, correrá aos seus braços na procura de carinho. Considero essas mães grandes heroínas, pena que às vezes valorizamos mais a personagem da telenovela do que nossa grande mãezona. A você mãezinha que perdeu o seu filho tenha certeza na força da ressurreição e espelhe-se em Nossa Senhora que também passou pela dor da perda.

Daqueles que se foram deixemos apenas as boas lembranças, as boas palavras e as saboreemos como a doce melodia de uma música. Não têm motivos guardar magoa de quem morreu.

Uma passagem bíblica da missa de réquiem do meu primo (da qual já tinha conhecimento) me marcou muito. Tenho certeza que marcará você também. “Amadurecido em pouco tempo, o justo atingiu a plenitude de uma vida longa. A alma dele era agradável ao Senhor, e este se apressou em tirá-lo do meio da maldade. Muita gente vê isso, mas não compreende nada; não reflete que a graça e a misericórdia de Deus são para os seus escolhidos, e a proteção dele é para os seus santos” Sabedoria 3, 13-15.



Pax Domini!

O que está acontecendo com nossos sacerdotes?

Sou coordenador comunitário (não gosto da palavra líder) há quatro anos. Catequista de Crisma e Primeira Comunhão (rígido, chato, metódico, mas fiel a doutrina). Zelador da Capela São Sebastião (trabalho voluntário), ministrador de curso de Batismo e quebra-galho para o que der e vier.


Tenho percebido como nossos sacerdotes estão caminhando rumo ao ecumenismo maquiado. Temos quase pastores e quase padres. Certa vez ocorreu de uma de minhas alunas de Crisma entrar em depressão, vítima de Transtorno Bipolar (minha mãe tem e creio que grande parcela da população também tenha). Conversamos com nosso pároco para que rezasse por ela, conforme orientação da Carta de São Tiago. Pois bem. O padre me disse que nesse caso seria bom levar a garota a uma dessas igrejas “evangélicas, que arrancam o demônio das pessoas. São João Maria Vianney! Isso me marcou muito. Como um padre indica a um fiel que vá procurar assistência em outra “igreja”? Para mim foi a mesma coisa dele dizer: “Olha, Lucas, a Igreja Católica não tem poder nesse caso. A Igreja serve só para celebrar missa. Eu não tenho poder com o Nome de Jesus. As igrejas protestantes são as verdadeiras precursoras da verdade. Sou padre, mas não tenho certeza da minha fé”. Desde então tenho rezado mais por nossos padres.

Acredito sim no poder maléfico do Diabo, sei que ele existe e clamo a Nossa Senhora Auxiliadora para que me defenda dele, mas não creio que todo caso de depressão é possessão diabólica. A Igreja com o mesmo pensamento restringe exorcismos. Por isso nossas igrejas são casos de adoração e não nos preocupamos em berrar para que o Demônio saia. Somos templos vivos do Espírito Santo.

Aí muitas pessoas me dizem que foram curadas da depressão após ingressarem nessas igrejas, ora, o que vejo é que quando a pessoa passa a se preocupar com o divino, sua vida tem mais sentido. O motivo da cura talvez seja a ocupação de cabeça, como diz minha avó e não a ausência do demônio.

O protestantismo está tomando conta de nossos clérigos. Outro fato que aconteceu comigo foi o de um padre (não o mesmo citado acima), ordenar que retirasse as imagens dos oratórios e deixasse somente São Sebastião (o padroeiro) e Nossa Senhora da Guia na vista dos fiéis. Alegou que a capela não poderia ser entupida de imagens e que estas deveriam ser postas na sacristia. Eu não fiz. Não cumpri mesmo. Não fiz meu voto particular de obediência, só de castidade e pobreza (completa um ano dia 08 de setembro de 2010). Cumpro só aquilo que acho estar em conformidade com o que a Igreja ensina. Esse padre me deu uma impressão muito ruim. Sei que a mesma bíblia que condena em Êxodo 20 a veneração de imagens, ensina que Moisés a pedido do próprio Deus construiu dois querubins e colocou-os sobre a Arca da Aliança, o objeto mais importante do judaísmo, sinal da aliança de Deus com o povo (Êxodo 25). Depois vem a cobra na haste que curou os homens e o próprio templo do Deus Vivo construído por Salomão, repleto de imagens, (veja 1º Reis) que encheu-se de glória no dia de sua inauguração: “O Templo se encheu com a nuvem da glória do Senhor. Por causa da nuvem, os sacerdotes não puderam continuar o culto, pois a glória do Senhor tinha ocupado inteiramente o Templo de Deus” 2ª Crônicas 5, 13b-14 (tem na bíblia católica e protestante). Então se a veneração de imagens é abominação, fica a pergunta, por que Deus encheu com sua glória aquele lugar? Será que Deus se contradiz? Os protestantes, que dizem sempre a mesma coisa e só leem o que interessa, passam por cima disso. E pelo visto estão fazendo a cabeça de nossos padres. Queria saber o que andam ensinando aos seminaristas nos seminários? Que teologia cega é essa? Formam padres ou pastores-padres?

Alguns padres querem tornar a Igreja Católica mais palatável, tragável aos protestantes. Aí está o erro. E eles tentam tornar suas igrejas palatáveis a nós?

Muitos leigos talvez tenham mais conhecimento que alguns padres. Sou católico e não me envergonho de dizer isso. Numa missa da Assunção de Nossa Senhora, o padre disse: “Nossa Senhora Aparecida, Auxiliadora, do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora da Guia, Santa Edwiges, Santa Bernadete, são a mesma pessoa: a mãe de Jesus”. Como catequista fiquei matutando, esse daí fugiu da catequese. Qualquer um sabe que Santa Edwiges, que faleceu em 1243 e Santa Bernadete, falecida em 1879, não são Maria, Mãe de Jesus.

Afinal me pergunto: o que está acontecendo com nossos padres? Alguém pode me responder? E parece que os bispos fecham os olhos a essa realidade (sem querer criticar e entrar em assunto que não é da minha conta).

Rezo a Deus por Dom Washington Cruz, nosso arcebispo e Dom Waldemar Passini, seu auxiliar, para que vejam a tempo o que está acontecendo na Arquidiocese de Goiânia.

Uma vergonha essas igrejas com pinturas modernistas ou sem imagens de santos. Preocupa não, é o ecumenismo.



São João Maria Vianney e São Pio de Pietralcina abençoem nossos padres!



Pax Domini!



Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!



Fraternalmente, Lucas Pedro.

Beata Albertina, modelo de virtude cristã!

Conversando com meus irmãos católicos vejo-os citar sempre nossos irmãos na fé, porém raramente um que seja brasileiro. Muitos apenas conhecem Santo Antônio de Sant’Ana Galvão e Madre Paulina (naturalizada brasileira). Também sou devoto de santos não-brasileiros, como: São Sebastião, São Bernardino de Sena, Santa Rita de Cássia, Santa Teresinha do Menino Jesus, São Lucas, São José e Nossa Senhora Auxiliadora, tampouco me esqueço da amável beata Albertina Berkenbrock.


Creio que poucos da Igreja no Brasil tenham conhecimento da vida dessa amável e santa menina, vítima, mártir de um tema tão atual.

Albertina nasceu no povoadozinho de São Luís, município de Imaruí, Santa Catarina, Brasil, no dia 19 de abril de 1919 e foi martirizada em 15 de junho de 1931, com doze anos de idade, como outra Santa Maria Goretti. Sempre se diferenciou das outras crianças pela excessiva piedade, caridade e amor a Jesus Cristo e aos irmãos. Não era dessas crianças levadas e mimadas, as quais os pais dão tudo o que querem. Pelo contrário, teve que viver com a pobreza e dividir seu pão com os irmãos.

Como morava na roça e ajudava os pais no manejo da agricultura, naquele 15 de junho, foi procurar o boi denominado Pintado, um dos bois da família que havia desaparecido. No caminho encontrou-se com um homem chamado Maneco Palhoça que deu-lhe a informação de que o animal estava numa mata próxima. Albertina solícita dirigiu-se para o local indicado.

Seus olhos virginais e imaculados não encontraram um boi, mas o homem a insinuar-se para possuí-la. Um temor tomou conta de seu ser. Jamais pecaria contra o 6º mandamento da Lei de Deus, não pecaria contra a castidade. Dizia que Jesus não se servia daquilo. O homem tentou violentá-la, porém inibida pela graça do Espírito Santo, fortaleza dos mártires da Santa Mãe Igreja, cobriu-se com o próprio vestido, estirada ao chão. Maneco Palhoça enfurecido degolou-a. Testemunhas disseram que o corte foi tão grande que viam o céu de sua boca. Uma quantidade de sangue espalhafatosa tomou o lugar. Indalício anos mais tarde já na prisão confessou o motivo do assassinato.

Hoje a mídia cansa de denunciar casos de pedofilia, porém esse assunto não é atual. Olhem bem, em 1931, uma criança foi morta vítima de pedofilia. Que a Beata Albertina interceda por nossas crianças. A CNBB deveria proclamá-la padroeira das crianças vítimas de abuso sexual no Brasil.

Sempre ao ver o noticiário denunciar um caso dessa estirpe, me pergunto de quem é a culpa. Penso que às vezes é dos pais. Sabe, hoje em dia eles estão muito permissivos. Não olham o que o filho faz, com quem anda. Tenho notado que cada vez mais crianças se vestem como adultas. Jesus! Shorts minúsculos, minissaias, calças coladinhas. Aí eu te pergunto, se um tarado desses que estão soltos por aí ver sua filha vestida assim que desejo ele vai sentir?

Podem me taxar de moralista, mas tenho comigo que devemos nos policiar até mesmo no modo de nos vestirmos, pois podemos levar outras pessoas a cometerem o pecado pelo pensamento. Mulheres, se valorizem, cuidem de suas filhas! Espelhem-se em Maria Santíssima, Nossa Senhora Auxiliadora e deixem a vaidade de lado (um dos sete pecados capitais).

E qual proveito podemos tirar da história da beata Albertina? A fortaleza. Envergonha-me o fato de uma criança de doze anos, que facilmente poderia ser coagida ou comprada, fraca e inocente (em 1931, deixo claro), lutar contra um homem brutal e temível, enquanto nós no uso de nossas faculdades deixamos levar-nos por pessoas dóceis, pecando contra a castidade. Gente de pouca fé, até quando? Não veem que sexo antes do casamento é pecado! É luxúria!

Não sou antissexo, mas sou a favor do 6º mandamento. Não afirmo isso por causa de minha vocação, mas por causa de minha convicção religiosa e bíblica. Daí vejo católicos negarem isso que afirmo, então não são católicos! Não escutam o papa, Deus, o apóstolo Paulo e a própria Palavra!

Envergonha-me que padres e freiras já tenham me perguntado se já namorei, na dúvida de minha vocação sacerdotal. Nunca namorei e nem pretendo. Renego o mundo e suas vaidades. Não preciso conhecer o Diabo para negá-lo, da mesma forma que não preciso conhecer a bebida alcoólica e as drogas para repudiá-las.



Beata Albertina Berkenbrock, rogai por nós vocacionados, nossas crianças e pelo mundo inteiro!



Paz de Cristo Nosso Senhor,



Abraço fraterno Lucas Pedro.



Comentem!

Quem sou eu?


Sou Lucas Pedro do Nascimento, nascido em Goiânia, no dia 20 de maio de 1992. Católico apostólico romano, vocacionado (desleixado, pois tem três encontros vocacionais que não frequento), com uma família maravilhosa.

Pai de cinco criancinhas... Pai na educação religiosa, padrinho, de cinco raridades, Ana Clara, Jair Filho, Juliana, Luís Eduardo e Wellington.

Articulador do Conselho Comunitário Santa Terezinha do Menino Jesus, catequista de Primeira Eucaristia e Crisma (chato até falar chega, ahhhhh), zelador da Capela São Sebastião, agente da Pastoral do Batismo, rezador de terço e quebra-galho para o que Deus quiser.


Haverá dias que postarei três textos ou dias em que postarei nenhum. Tenham paciência com a linguagem rebuscada, mas é que a gramática me contagia.

Que a padroeira titular deste blog, padroeira de minha paróquia também, Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Leopoldo de Bulhões e os outros padroeiros Sagrado Coração de Jesus, São José, Santa Terezinha, São Sebastião nos protejam.

Pax Domini!